“O meu nome é Cleo”. Polícia divulga áudio do momento em que encontrou menina desaparecida na Austrália

Cleo Smith esteve desaparecida durante 18 dias. Terence Darrell Kelly, de 36 anos, foi formalmente acusado de vários crimes, incluindo “atrair e levar de forma forçada e fraudulenta uma criança com menos de 16 anos”. Segundo a imprensa australiana, é obcecado por bonecas ‘Bratz’.

“O meu nome é Cleo”. Polícia divulga áudio do momento em que encontrou menina desaparecida na Austrália

A polícia da Austrália Ocidental divulgou, esta quinta-feira, um novo áudio do momento em que Cleo Smith – a menina de quatro anos que esteve desaparecida durante 18 dias – foi encontrada. A divulgação surge no mesmo dia em que um homem, de 36 anos, foi formalmente acusado do seu rapto.

“Já a temos, já a temos”, ouve-se um polícia a dizer, enquanto outro aborda a criança. “Hey, bubby [bebezinha, na tradução livre], vem cá. Estou aqui, estás bem”, afirma.

Um terceiro polícia pergunta: “Como é que te chamas, querida?”, ao que a menina responde: “O meu nome é Cleo”.

Esta quinta-feira a justiça australiana acusou formalmente Terence Darrell Kelly do rapto da criança. Segundo a imprensa local, o homem está acusado de vários crimes, incluindo “atrair e levar de forma forçada e fraudulenta uma criança com menos de 16 anos”.

O homem foi detido nas imediações da casa onde Cleo foi encontrada, na madrugada de quarta-feira, e permanecerá sob custódia da polícia até à próxima audiência em tribunal, agendada para dia 6 de dezembro.

O The West Australian escreve que Kelly é “obcecado por bonecas Bratz” e partilhava fotografias suas nas redes sociais com as bonecas. Uma outra fotografia mostra uma divisão repleta destas bonecas.

“Adoro levar as minhas bonecas a passear, arranjar os seus cabelos e tirar selfies em público”, escreveu o homem na legenda de uma das fotografias publicada em abril de 2020 no Facebook.

O suspeito foi visto a ser transportado para um hospital após ter sofrido ferimentos enquanto estava na prisão. A polícia confirmou que os ferimentos foram autoinfligidos e que o homem levado duas vezes ao hospital enquanto estava sob custódia: uma na quarta-feira e outra esta quinta-feira.

A menina desapareceu na manhã do dia 16 de outubro, quando estava a acampar com a família. Quando acordou, pelas 6h, a mãe Ellie Smith viu que o fecho da tenda estava aberto e tanto a criança como o seu saco haviam desaparecido.

As pistas iniciais indicavam que a criança se teria perdido, mas depois de várias buscas, as autoridades começaram a tratar o caso como um rapto. A polícia acredita que o rapto não foi algo planeado, mas sim “uma oportunidade” e que o suspeito agiu sozinho.

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