EDP. Lucro cai 2% para 510 milhões até setembro

Investimento bruto ascendeu a 2,7 mil milhões de euros. 

Os resultados líquidos recorrentes da EDP desceram, nos primeiros nove meses do ano, 2%, para 510 milhões de euros, face ao período homólogo, de acordo com o comunicado publicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Ainda assim, a elétrica portuguesa garante que estes resultados “foram marcados pela positiva pela integração da Viesgo em Espanha e pelo bom desempenho das redes no Brasil, tendo sido penalizados pela subida dos custos com compra de energia no mercado ibérico e por recursos eólicos abaixo da média”.

O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) recorrente caiu 1% para 2.511 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, sendo que, excluindo impacto das variações cambiais (-4% face ao período homólogo), este indicador “teve um aumento de 3%”.

Os custos operacionais em Portugal e em Espanha mantiveram a trajetória decrescente (-6%) devido à digitalização e no país vizinho, com o avanço da integração da Viesgo, mais do que duplicou a dimensão das operações. 

Já a dívida líquida totalizou 12,1 mil milhões de euros em setembro, em linha com o valor no final do ano passado. Foi “impactada pela aceleração do investimento, sobretudo em renováveis e redes no seguimento do plano estratégico, e pelo aumento do fundo de maneio, que foram mitigados pelo aumento de capital de 1,5 mil milhões da EDPR e pela emissão de 2 mil milhões de híbridos verdes”. 

Entre janeiro e setembro, o investimento bruto da EDP ascendeu a 2,7 mil milhões de euros (+15%) — dos quais 95% em energias renováveis e redes de eletricidade –, naquilo que descreve como um “forte alinhamento com a transição energética”.