CDS. “Sequestro da democracia interna”, acusa Nuno Melo

Nuno Melo já tinha dito que o CDS devia olhar para as eleições do PSD como exemplo a seguir. 

“Alguém no seu bom juízo acredita que se a atual direção achasse realmente que venceria o congresso marcado para 27 e 28 de novembro, podendo esmagar a dita oposição, o adiaria para depois das legislativas, a 24 horas da eleição de delegados, deixando em polvorosa um partido que até aí estava tranquilo, mas reage como era previsível à expropriação da possibilidade dos militantes fazerem as escolhas para que estavam convocados?”, questionou Nuno Melo nas redes sociais, referindo-se à crise interna que, atualmente, se vive no CDS. 

E aproveitou para lançar críticas à direção do partido. No entender de Nuno Melo, “é evidente” que “a conversa do interesse nacional resume-se a isso mesmo, conversa”. E, em seguida, frisou: “Puro pânico de perder o poder nas urnas, de quem, por isso, optou por uma inaceitável demonstração de sequestro da democracia interna.”

Já este domingo, o também eurodeputado centrista tinha considerado que o PSD provou, no sábado à noite, que são falsos os argumentos invocados pela direção do CDS-PP sobre falta de tempo para marcar um Congresso antes das eleições legislativas. “No PSD foi possível marcar diretas para o dia em que o CDS tinha marcado o seu congresso”, como tal, no seu tender, “fica provado que a questão de não haver tempo para fazer o Congresso do CDS foi uma falsidade”. 

Recorde-se que o Conselho Nacional do partido, aprovou, no passado dia 30, o adiamento, para depois das eleições legislativas, o congresso eletivo do partido, que deveria realizar-se a 27 e 28 de novembro. Este cancelamento por proposta do presidente do partido foi aprovado com 144 votos a favor (57,8%).