Covid-19. Taxa de incidência na Alemanha atinge novo máximo

Elevada taxa de incidência é justificada pelo baixo número de pessoas vacinadas na Alemanha.

A taxa de incidência acumulada de casos de covid-19 na Alemanha nos últimos sete dias atingiu, esta segunda-feira, um novo máximo desde o início de pandemia, com 201,1 casos de covid-19 por 100 mil habitantes.

Esta é a primeira vez que a taxa fica acima de 200, sendo o anterior pico de 197,6 contágios por 100 mil habitantes, registado a 22 de dezembro de 2020, em plena segunda vaga da pandemia no país.

Nas últimas 24 horas, as autoridades sanitárias alemãs contabilizaram 15.513 novos casos e 33 mortos, elevando o total de casos ativos para 306 mil.

A taxa de vacinação no país é inferior a 70%, o que levou as autoridades a apelarem à população para se vacinar. O ministro da Saúde alemão chegou mesmo a afirmar que o país vive uma “pandemia dos não vacinados”.

A Alemanha possui apenas 67,1% da população vacinada, enquanto, em comparação, Portugal regista uma taxa de 88%, e Espanha chega aos 81%.

“Para os não vacinados, há um risco elevado de serem infetados nos próximos meses”, advertiu o chefe do Instituto Robert Koch, Lothar Wieler.

Face a este aumento de casos e também ao elevado número de infeções entre crianças e adolescentes, a Associação Alemã de Professores (Deutsche Lehrerverband) alertou para uma “perda de controle sobre a pandemia nas escolas”. O perigo é “imenso”, afirmou o presidente da associação, Heinz-Peter Meidinger, citado pela Deutsche Welle.

De forma a evitar este “perigo”, o presidente da associação defendeu que devia ser mantida a obrigatoriedade do uso de máscaras nas escolas. “Há casos de covid longa também entre crianças. Apesar das máscaras serem incómodas, geralmente, os alunos e alunas não têm problemas com elas”, disse Meidinger em entrevista à Redaktionsnetzwerk Deutschland.

O estado mais afetado do país é a Saxónia, onde existe a maior incidência acumulada na Alemanha, com 491,3 novas infeções por 100 mil habitantes, o dobro do resto do país. Em resposta à nova onda de infeções, as autoridades da região anunciaram que vão restringir o acesso a restaurantes e eventos em recintos fechados, passando a exigir a partir desta segunda-feira a apresentação de um certificado de vacinação ou de recuperação da doença.