CGD. Sindicatos rejeitam aumento salarial de médio de 0,2%

Valor foi proposto pelo banco mas sindicatos não concordam e justificam com os lucros da CGD.

O Mais Sindicato e o Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) “recusaram liminarmente” o aumento médio de 0,2% da tabela salarial proposto pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) para este ano e quer negociar uma revisão salarial conjunta para 2021 e 2022.

“A CGD manifestou disponibilidade para rever a sua posição inicial de 0,15% de aumento médio da tabela para 0,2%, à semelhança do que havia sido apresentado pela restante banca em sede de revisão do ACT [Acordo Coletivo de Trabalho] do setor bancário”, dizem os sindicatos em comunicado.

E acrescentam: “A resposta dos sindicatos foi a expectável: recusaram liminarmente esta proposta, tal como já tinham feito com a restante banca”. Decisão que justificam com o facto de o banco liderado por Paulo Macedo ter apresentado lucros até setembro no valor de 429 milhões de euros, um aumento de 9,4% face aos primeiros nove meses de 2020.

Na mesma nota os sindicatos referem que, “apesar de várias insistências do Mais e do SBC, só depois de meses de espera e já quase no fim do ano se realizou, no dia 04 de novembro, a primeira reunião de negociação de revisão do Acordo de Empresa (AE) da CGD para atualização da tabela e cláusulas de expressão pecuniária para 2021”.

E face “ao atraso no processo para 2021”, os sindicatos transmitiram ainda ao banco ser sua intenção negociar já a revisão da tabela salarial e cláusulas de expressão pecuniária para 2022.

“Nesse sentido, lembraram as boas práticas anteriores, nomeadamente na última negociação, que permitiu a revisão salarial conjunta de 2019 e 2020, um processo vantajoso para todas as partes e que, consideram, deveria ser repetido na atual revisão”, lê-se na nota onde o Mais Sindicato e o Sindicato dos Bancários do Centro informam que “no final da reunião, as partes concordaram em rever as suas posições e contribuir para que se obtenha um acordo com a maior brevidade possível”.