Dielmar fecha e deixa 244 trabalhadores no desemprego. Mas pode não ser o fim

A proposta de encerramento foi aprovada por unanimidade em assembleia de credores. Mas o grupo têxtil Valérius, de Barcelos, está disposto a oferecer 250 mil euros para ficar com a marca e com uma parte do ativo.

Sem propostas de compra da fábrica de Alcains, Castelo Branco, após o pedido de insolvência, a Dielmar vai mesmo fechar. De acordo com o Público, a assembleia de credores decidiu aprovar uma proposta de encerramento definitivo da empresa.

Este desfecho pode deixar 244 trabalhadores no desemprego. Mas pode não ser o verdadeiro fim da marca que conta com 56 anos de história industrial. Isto porque, segundo aquele jornal, o grupo têxtil Valérius, de Barcelos, está disposto a oferecer 250 mil euros para ficar detentor da marca e para absorver uma parte do ativo, propondo a contratação de 200  dos operários da fábrica que estavam em casa desde o pedido de insolvência, a 2 de agosto.

À margem da apresentação do programa de turismo o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, confirmou que chegou a proposta para uma “empresa muito reputada e com grande experiência” ficar com “ativos da empresa e contratar trabalhadores para uma unidade que quer manter em Alcains”.

A acontecer, isso significa que ainda há uma réstea de esperança que a Dielmar sobreviva, ainda que com uma equipa reduzida e uma nova gestão. Ainda assim, seria uma oportunidade para fixar o emprego num concelho interior com poucas saídas profissionais.

A proposta de encerramento foi aprovada por unanimidade em assembleia de credores durante a tarde de quarta-feira no Tribunal do Fundão, depois de não se terem concretizado as propostas de compra. A Outfit 21, de Leiria, que tinha feito uma proposta de compra, desistiu e também Cláudio Nunes, um dos potenciais candidatos à compra, não avançou com propostas.