“Completamente inaceitável”. PSD quer audição urgente do ministro da Defesa sobre tráfico de diamantes

Adão Silva revela uma “perplexidade imensa” por Gomes Cravinho ter omitido “uma informação de tamanha importância e responsabilidade, que forneceu às Nações Unidas”. “Teve um comportamento de deslealdade em relação ao primeiro-ministro e em relação ao Presidente da República”, frisou.

O PSD vai pedir uma audição no Parlamento ao ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, para explicar o seu “comportamento” em relação ao processo de militares envolvidos em tráfico de diamantes, ouro e droga na República Centro-Africana.

“Face à situação tornada pública do comportamento do senhor ministro da Defesa, o grupo parlamentar do PSD quer ouvi-lo com sentido de muita urgência na comissão parlamentar de Defesa Nacional”, disse, à agência Lusa, Adão Silva, líder parlamentar do PSD.  

"É completamente inaceitável este comportamento, que revela uma estranha desconfiança do senhor ministro em relação ao primeiro-ministro e em relação ao Presidente da República, que é só o comandante supremo das Forças Armadas", frisou.

Adão Silva revela ainda uma “perplexidade imensa” por Gomes Cravinho ter omitido “uma informação de tamanha importância e responsabilidade, que forneceu às Nações Unidas”. “Teve um comportamento de deslealdade em relação ao primeiro-ministro e em relação ao Presidente da República, que não teve nenhuma comunicação em relação a esta situação tão complexa e delicada”, sublinhou.

O líder parlamentar sustenta que o “comportamento errático de esdrúxulo” do ministro da Defesa dá “uma imensa insegurança e intranquilidade aos portugueses e transmite a ideia de que este ministro da Defesa não está lá a fazer nada”. No entanto, exclui a hipótese de pedir, para já, a demissão do governante.

"Vamos ver depois da reunião da comissão se o senhor ministro nos vai dar as informações satisfatórias, se, pelo contrário, mais uma vez, como pensamos que poderá ter acontecido, teve um comportamento errático. O PSD não hesitará em afirmar que o senhor ministro está a mais, mas a responsabilidade é do senhor primeiro-ministro", afirmou.