Aeroporto do Montijo. Não há plano B, diz ANA

Caso esta opção chumbe, “é preciso fazer um novo projeto de aeroporto e um novo estudo de impacte ambiental”, lembra Thierry Ligonnière, CEO da ANA – Aeroportos de Portugal.

Se a opção do aeroporto do Montijo chumbar, não há plano B. A garantia foi dada por Thierry Ligonnière, CEO da ANA – Aeroportos de Portugal, ao garantir que, caso esta opção não avance, “é preciso fazer um novo projeto de aeroporto e um novo estudo de impacte ambiental. Um novo projeto são dois anos”, alertou no 32.º Congresso da Hotelaria e Turismo.

A ANA defende a opção Montijo mas lembra que a decisão final não está nas suas mãos. “É a solução mais rápida e mais barata e a que tem menor impacto ambiental”, disse, acrescentando que “o que vai estar em cima da mesa será o que o Governo decidir. Nós somos uma concessionária e não decidimos”.

No entanto, Thierry Ligonnière lembrou que “tempo é dinheiro”, até porque “no caso do Montijo já temos o projeto. Se, efetivamente, depois da AAE, outra opção for seguida, obviamente que isto vai demorar mais tempo”.

E deixou outro alerta: “Nós temos vontade de investir, temos o projeto pronto. Obviamente que uma solução mais cara vai ser mais difícil encontrar soluções de financiamento”.

Recorde-se que, em março deste ano, o Governo pediu uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) para o novo aeroporto de Lisboa e estão a ser estudadas três opções: Portela como aeroporto principal e Montijo como complementar; Montijo como principal e Portela como complementar; novo e único aeroporto em Alcochete. E o Governo já apontou a entrega do documento apenas para 2023, o que significa que não existirá um novo aeroporto antes disso.