Inauguração do Museu do Tesouro Real adiada para 2022

O Museu do Tesouro Real tinha abertura prevista para novembro, na nova ala do Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, marcando a conclusão de uma obra com 226 anos, que irá receber mil joias da coroa portuguesa.

A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) e a Associação de Turismo de Lisboa (ATL) confirmaram, na quarta-feira, que a inauguração do Museu do Tesouro Real, em Lisboa, foi adiada para 2022, “após o termo do período eleitoral”. 

“A DGPC e a ATL comunicam o adiamento da inauguração do Museu do Tesouro Real, com sede na nova ala poente do Palácio Nacional da Ajuda, em virtude de não ser possível reunir, até ao final do ano em curso, as condições técnicas necessárias à sua abertura ao público”, pode ler-se num comunicado de duas frases, que acrescenta que “a inauguração deste equipamento museológico ocorrerá em 2022, após o termo do período eleitoral, em data a anunciar oportunamente”, lê-se no comunicado.

O Museu do Tesouro Real tinha abertura prevista para novembro, na nova ala do Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, marcando a conclusão de uma obra com 226 anos, que irá receber mil joias da coroa portuguesa.

"Após mais de dois séculos do lançamento da primeira pedra, em novembro de 1795, pelo príncipe regente, D. João, e depois de várias vicissitudes na história trágica da construção do palácio, finalmente deu-se a coincidência de um grupo de personalidades ter tido a coragem de acabar com a maldição que sobre ele se abatia", comentou, o arquiteto João Carlos Santos, responsável pelo projeto e atual diretor-geral do Património Cultural, em junho na apresentação do projeto. 

A morte do monarca, as invasões francesas, incêndios, derrocadas e, por último, em décadas recentes, a falta de consenso em relação ao desenho do projeto, viriam a adiar sucessivamente a empreitada que possui “uma área bruta de 12 mil metros quadrados e usou 200 toneladas de pedra de lioz em reconstrução de fachadas”.

Segundo a apresentação do projeto, o novo museu nacional funcionará dentro de uma caixa-forte com alta segurança, dentro do edifício então acabado. Contudo, estará totalmente separado das duas torres laterais, criadas para aumentar as acessibilidades do Palácio da Ajuda.

Em 2016, na sequência da criação de uma parceria entre o Ministério da Cultura, através da DGPC, a Câmara Municipal de Lisboa, e a ATL, o projeto foi relançado, alocando parte das verbas do fundo de desenvolvimento turístico da capital, para avançar com o projeto, que veio a custar cerca de 31 milhões de euros.