Grupo resgatado a sul do Algarve não revelou às autoridades portuguesas lugar de onde vinha nem destino

O grupo de 37 pessoas estava parado em águas internacionais. “Encontravam-se no mar há já alguns dias”, segundo relatam, a bordo de um pequena embarcação de madeira com o comprimento de cerca de sete metros, quando avistaram navios portugueses e acabaram por pedir ajuda. 

As 37 pessoas que foram resgatados, esta quinta-feira, em águas internacionais a 50 milhas a sul do Algarve ainda não revelaram de onde partiram nem para que destino navegavam, disse o comandante da Zona Marítima do Sul, Fernando Rocha Pacheco.

"Não temos informação sobre a origem e o destino destas pessoas que, alegadamente, serão na sua maioria marroquinos, segundo aquilo que os próprios disseram", afirmou Rocha Pacheco aos jornalistas, no Ponto de Apoio Naval de Portimão, local onde as 37 pessoas desembarcaram por volta das 17h. 

Segundo o comandante, quatro das 37 pessoas têm idades "entre 15 e 18 anos", enquanto os restantes são "jovens adultos". O grupo estava parado em águas internacionais. "Encontravam-se no mar há já alguns dias", segundo relatam, a bordo de um pequena embarcação de madeira com o comprimento de cerca de sete metros, quando avistaram navios portugueses e acabaram por pedir ajuda. 

O resgate não se tratou de uma missão de interceção de migrantes, confirmou Rocha Pacheco, adiantando que a missão consistiu numa ida de "busca e salvamento, já que foi pedido auxílio através de um navio da Marinha Mercante à Armada portuguesa para o resgate das pessoas".

O grupo estava bem, "o seu estado físico era bom" e algumas pessoas "traziam identificação, tendo a Marinha transportado-as para terra para serem entregues às autoridades, nomeadamente ao SEF [Serviço de Estrangeiros e Fronteiras], para procederem à sua identificação e proveniência", explicou o comandante, contando ainda que o grupo, depois de desembarcar no Ponto de Apoio Naval de Portimão, foi transportado de autocarro para quatro tendas montadas nas imediações, onde foi feito um "despiste à covid-19", ficando a cargo do SEF. Porém, as 37 pessoas ainda não sabem onde vão pernoitar, indicou o comandante da Zona Marítima do Sul. 

O SEF, juntamente com a Unidade de Controlo Costeiro da Guarda Nacional Republicana e Polícia de Segurança Pública, está a desenvolver "todos os procedimentos previstos nestas situações", ainda também com a ajuda da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. Serão também realizadas "todas as diligências necessárias para avaliação da situação e promoção das medidas adequadas ao caso", apontou a autoridade.