Pelo menos 95% das escolas do país encerraram devido à greve da função pública

Isabel Camarinha, da CGTP, considera que “a adesão massiva dos trabalhadores da Administração Pública à greve que a Frente Comum convocou é bem demonstrativa que os trabalhadores não aceitam continuar a ser tratados desta forma, sem haver valorização do seu trabalho e carreiras há uma dezena de ano”.

Pelo menos 95% das escolas do país estão encerradas, esta sexta-feira, devido à greve, afirmou, Mário Nogueira, dirigente da FENPROF.

“Pelo menos 95% estão encerradas (..) e é provavelmente a greve que fechou mais escolas no nosso país”, revelou, num balanço realizado a meio da manhã.

Apesar da participação dos professores ser “elevadíssima”, só nos próximos dias será possível saber dados mais precisos sobre a adesão ao protesto.

Já Sebastião Santana, coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, afirmou que a greve desta sexta-feira está a ser “um enorme sucesso”.

"Os trabalhadores da Administração Pública hoje, de norte a sul do país, desde a escola aos serviços de finanças e segurança social, prisões (..) há relatos que provam a adesão de muitos e muitos milhares de trabalhadores a esta greve", afirmou.

Por sua vez, a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, reiterou que o chumbo do Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022) não é impedimento para melhorar as condições para os trabalhadores, sublinhando que o Governo "está em plenas funções" e "pode obviamente tomar um conjunto vastíssimo de decisões" e executar o OE para este ano.

"Esta adesão massiva dos trabalhadores da Administração Pública à greve que a Frente Comum convocou é bem demonstrativa que os trabalhadores não aceitam continuar a ser tratados desta forma, sem haver valorização do seu trabalho e carreiras há uma dezena de anos, o que é inaceitável", acrescentou.