Função pública. Aumentos são “continuidade da política de valorização salarial”

Fesap pede aos partidos “compromissos eleitorais” para a função pública. Já STE lamenta reunião “sem história” com Governo

O Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública defendeu que as atualizações salariais previstas para 2022 para os funcionários públicos representam “a continuidade da política de valorização salarial” iniciada na anterior legislatura.

O ministério disse ainda que “já a partir de janeiro de 2022, os salários dos trabalhadores públicos serão valorizados por duas vias: todos os salários terão uma atualização transversal de 0,9% e a Base Remuneratória da Administração Pública (BRAP) será atualizada para o valor da retribuição mínima mensal garantida”, cujo valor será definido na Concertação Social.

A Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) apelou ao Governo que reveja a atualização salarial de 0,9% tendo em conta a trajetória ascendente da inflação e pediu aos partidos “compromissos eleitorais” concretos para o setor. “Isto significa o que já tínhamos dito, que trabalhadores com 30, 35 anos de serviço, terão um aumento de pouco mais de cinco euros”, sublinhou José Abraão, acrescentando que “cada vez mais o salário mínimo se vai transformando em salário médio”.

De acordo com o responsável, é preciso “acautelar aquilo que são os 0,9%” tendo em conta que “a inflação está numa trajetória, ao que tudo indica, ascendente” e, por isso, apelou ao Governo para um “compromisso” no sentido de “corrigir este aumento salarial”.

Também o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) lamentou que o Governo “não tenha avançado nada” sobre as matérias da administração pública e considerou que este foi um encontro “que não tem história”.