Institutos do Vinho do Douro e da Madeira alvos de buscas pela Polícia Judiciária

A Polícia Judiciária efetuou buscas com o intuito de recolher provas para apurar a alegada “prática de crimes de participação económica em negócio, corrupção ativa e passiva e, eventualmente, branqueamento de capitais”. Segundo o Governo da Madeira, “o processo está em segredo de justiça”. 

As instalações do Instituto do Vinho, Bordado e Artesanato da Madeira, no Funchal, da Associação Comercial do Porto, do Instituto do Vinho do Douro e do Porto e da Fundação da Juventude, no Porto, foram alvo de buscas, esta terça-feira, por parte da Polícia Judiciária (PJ), no âmbito de uma investigação que decorre a nível nacional. 

Segundo um comunicado da PJ, divulgado hoje, as diligências também foram realizadas em sociedades comerciais e num escritório de advogados, com o intuito de recolher provas sobre factos que podem englobar a "prática de crimes de participação económica em negócio, corrupção ativa e passiva e, eventualmente, branqueamento de capitais". 

As diligências são presididas por um Juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal e conta com a intervenção de vários magistrados do DCIAP, indica também o documento. 

"O Instituto do Vinho, Bordado e Artesanato da Madeira (IVBAM), na sequência de um processo que decorre em termos nacionais, limitou-se a prestar as informações solicitadas pelas autoridades e é alheio a qualquer irregularidade", informa o gabinete Secretário Regional da Agricultura e Desenvolvimento Regional, que tutela aquele instituto, num comunicado divulgado hoje, citado pela agência Lusa. 

O Governo madeirense sublinha que o IVBAM "não está implicado nas buscas" e que "a situação ultrapassa a própria natureza do Instituto", tendo ainda assim fornecido "todos os documentos solicitados". 

De acordo com o executivo, "o processo está em segredo de justiça", pelo que os responsáveis regionais não podem prestar declarações sobre este assunto.