Arrendamento. Oferta de casas fica aquém da procura

Uma das hipóteses para resolver o problema da falta de oferta passa por desenvolver projetos  multyfamily, um segmento que tem registado um crescimento na Europa nos últimos anos.

A oferta no mercado nacional de arrendamento não corresponde à forte procura e apresenta preços demasiado elevados para a qualidade do produto apresentado. A conclusão é de um estudo realizado pela consultora imobiliária Savills.
 
Segundo os mesmos dados, apenas 26% dos portugueses residem em habitações arrendadas, de acordo com dados de 2019 do Eurostat, evidenciando a cultura de propriedade em Portugal. No entanto, o relatório da consultora sugere que a porção da população portuguesa no mercado de arrendamento poderá vir a crescer, fruto dos efeitos da pandemia, sobre as fontes de rendimento e de uma maior dificuldade de acesso ao crédito habitação.

E garante que os dados mostram também que existe um desequilíbrio entre a evolução dos rendimentos dos portugueses e os preços de compra de casa. Assim, o arrendamento apresenta-se como uma necessidade, mais do que como uma tendência ou escolha, principalmente entre os mais jovens e as famílias monoparentais, que têm dificuldades no acesso de créditos à habitação, justifica a mediadora.

Uma das hipóteses para resolver o problema da falta de oferta passa por desenvolver projetos  multyfamily, um segmento que tem registado um crescimento na Europa nos últimos anos.