Indústria. Trajetória de “forte crescimento” dos preços prossegue

O INE diz ainda que, em outubro, o indicador de clima económico aumentou, apresentando níveis pré-pandemia.

O índice de preços na produção da indústria transformadora que registou em outubro o crescimento “mais elevado da presente série”, atingindo uma taxa de variação homóloga de 11% (10,1% no mês anterior), “refletindo sobretudo o forte crescimento dos preços dos bens energéticos e dos bens intermédios”.

Os dados foram avançados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na Síntese Económica de Conjuntura onde acrescenta que “os preços na produção de bens de consumo têm vindo a aumentar consideravelmente abaixo das outras componentes, acelerando ainda assim para uma variação homóloga de 3,5%.

O gabinete de estatística acrescenta que, refletindo não apenas a variação positiva dos preços, mas também a recuperação da atividade, o índice de volume de negócios nos serviços (inclui comércio a retalho) manteve uma variação homóloga acima de 10%, desacelerando 0,4 pontos percentuais (p.p.) relativamente ao mês anterior para 10,3%. Mas, face a setembro de 2019, este índice aumentou 1,5%.

Já o índice de produção na construção registou um crescimento homólogo de 1,9% em setembro, após ter aumentado 2,3% no mês anterior. Face a setembro de 2019, o crescimento foi de 0,6%.

E o clima económico? Tem vindo a apresentar um “comportamento irregular” deste junho mas, em outubro, o indicador de clima económico cresceu, “atingindo o nível registado em fevereiro de 2020”, antes da pandemia.

No que diz respeito ao emprego, diz o INE que a taxa de desemprego fixou-se em 6,1% no 3º trimestre de 2021, 0,6 (p.p.) abaixo do trimestre anterior.

Outro dos dados apresentados pelo gabinete de estatística diz respeito ao Índice de Preços ao Consumidor, cuja variação homóloga foi 1,8% em outubro, “superior em 0,3 p.p. à observada nos três meses anteriores”.

Turismo a crescer Relativamente à atividade turística, diz o INE, que o número de dormidas aumentou 58,4% em setembro, “tendo o nível atingido sido inferior em 26,6% ao observado em setembro de 2019”. Neste período, as dormidas de residentes aumentaram 26,7%, enquanto as dormidas de não residentes aumentaram 100,7%. “Comparando com setembro de 2019, verificou-se um aumento de 15,6% das dormidas de residentes e uma diminuição de 43,9% das de não residentes”, diz o INE.

E o PIB? O gabinete de estatística escreve ainda que o PIB, em termos reais, registou uma variação homóloga de 4,2% no terceiro trimestre. Comparativamente com o segundo trimestre deste ano, o PIB aumentou 2,9% em volume, “verificando-se um contributo positivo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB, que tinha sido negativo no 2º trimestre, e um contributo positivo menos intenso da procura interna no 3º trimestre”.