Bielorrússia desmonta campos de refugiados na fronteira

A manobra parece uma tentativa de Lukashenko para acalmar Bruxelas. Nesse mesmo dia, morreu uma criança síria de um ano nas florestas próximas da fronteira polaca. 

Os campos de refugiados apressadamente construídos na Bielorrússia, junto à fronteira com a Polónia, foram desmontados, esta quinta-feira, anunciou esta quinta-feira o regime de Alexander Lukashenko, mais conhecido como o último ditador da Europa. A manobra, após semanas de tensão, com agentes bielorrussos a escoltar migrantes até junto da fronteira, tentando penetrá-la, foi visto como uma tentativa do regime apaziguar a União Europeia, furiosa com aquilo que descreveu como uma "ofensiva híbrida", usando refugiados como arma. 

Entre os campos desmontados estava o campo próximo de Kuźnica, avançou o Guardian, onde milhares de migrantes forram repelidos com recurso a gás lacrimogéneo e canhões de água pelas autoridades polacas.

Caso este seja este o fim da crise, por agora, terminou com uma nota particularmente deprimente – nesse mesmo dia, morreu uma criança síria de um ano na florestas da Polónia, após cruzar o arame farpado da fronteira, denunciou no Twitter a Equipa de Emergência Médica Polaca, uma organização não-governamental dedicada a apoiar refugiados. O bebé tornou-se a 13ª vítima mortal na fronteira polaca, durante as últimas semanas, a maior parte delas devido ao frio brutal do inverno na região.