Mortos nas estradas portuguesas equivalem à queda de três aviões por ano

“Todos os anos morre nas estradas portuguesas um conjunto de pessoas equivalente a três aviões que caíssem”, alertou a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. 

O presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), Rui Ribeiro, alertou este domingo, no dia em que assinala o Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada, que o número de vítimas mortais nas estradas portuguesas é equivalente à queda de três aviões todos os anos.

“Todos os anos morre nas estradas portuguesas um conjunto de pessoas equivalente a três aviões que caíssem”, disse, num evento para assinalar a data em Évora, acrescentando que sinistralidade rodoviária "é uma consciencialização de cada um" e "de todos".

"Continuamos a conviver com esta pandemia [da sinistralidade rodoviária] com alguma tranquilidade e, efetivamente, cabe a cada um de nós, cabe a todos nós, zelar pela proteção das nossas vidas, das pessoas que amamos e vão connosco no carro e dos outros", considerou, apesar de a sinistralidade rodoviária estar "a diminuir consistentemente em termos de vítimas mortais nos últimos anos".

Rui Ribeiro disse ainda que “2020 foi um ano atípico” devido às restrições para combater a covid-19, mas este é já “um ano típico”.

No primeiro semestre de 2021 morreram 140 pessoas em acidentes rodoviários em Portugal continental, menos 27 do que no período homólogo de 2020, segundo revelou o relatório de sinistralidade e fiscalização rodoviária relativos aos primeiros seis meses de 2021, divulgado em agosto pela ANSR.

Segundo o documento, no primeiro semestre de 2021 registaram-se 11.815 acidentes com vítimas no continente, dos quais resultaram 140 vítimas mortais, 837 feridos graves e 13.568 feridos leves. Comparativamente ao mesmo período do ano passado, registaram-se menos 27 vítimas mortais (-16,2%), mas mais 56 feridos graves (+7,2%), mais 144 feridos leves (+1,1%) e mais 251 acidentes com vítimas (+2,2%).