Operação Miríade

Diz-se que o PR, na qualidade de Comandante Geral das Forças Armadas, e para evitar mais prejuízos nas Operações Internacionais que levam a cabo, nomeadamente na República Centro-Africana, não quer empolar o caso da Operação Miríade. Também me parece não entender eu bem os partidos de Oposição neste caso. De início, falava-se apenas em 2…

Diz-se que o PR, na qualidade de Comandante Geral das Forças Armadas, e para evitar mais prejuízos nas Operações Internacionais que levam a cabo, nomeadamente na República Centro-Africana, não quer empolar o caso da Operação Miríade.

Também me parece não entender eu bem os partidos de Oposição neste caso. De início, falava-se apenas em 2 militares sob investigação, pelo que não seria de esperar que o Chefe de Estado Maior ou o ministro da Pasta tivessem de fazer comunicações superiores. Finalmente, estarão acusados 11 militares, e o assunto virou escândalo público. Recentemente.

Mas o que queria a Oposição? Que o PR e o PM estivessem informados, para os poderem sacrificar? Ou apenas tratar do bom andamento das coisas, em que os principais interessados devem ser precisamente o PR e o PM. Que oposição é esta? É a do deita-abaixo, sem olhar a quê, só porque sim, só porque têm militantes e dirigentes descontentes pelo afastamento prolongado do Pote, e têm uma noção enviesada da democracia? Para essas preocupações bastaria Paulo Rangel.

Será que um ministro  e um CEMGFA, neste caso, não deviam comunicar o assunto aos investigadores, sem necessidade de falarem com os PR e PM? Afinal, de início, tratava-se de uma simples investigação a 2 militares, nem sequer oficiais – como deve haver outras muitas.

É certo que este ministro já tem no currículo uma falta de informação ao PR importante: a da substituição do CEMA. E as FA têm outros problemas: Tancos, Messes, Hospital Militar e Comandos, etc. E comunicando à ONU, seria fácil fazer também cá e para cima comunicações. Mesmo vagas. Mas seria mesmo isso que queria a Oposição?

Entretanto o ministro da Defesa foi à AR dar explicações sobre o assunto, e parece ter sido convincente. Se não o foi, aí estão as eleições. Mas explicou que comunicou à ONU, por necessidade de cumprir o acordo com essa organização, e que a investigação inicial era de facto distinta do que se sabe agora.