Arqueólogo suíço localiza uma adaga romana de dois mil anos com o seu detetor de metais

Com essa descoberta, vieram também “à tona”, pontas de lanças, elementos feitos de chumbo, moedas e pregos das sandálias dos soldados. 

O arqueólogo amador suiço, Luchas Schmid, encontrou uma adaga empunhada por um soldado romano há dois mil anos atrás, com um detector de metais. 

O estudante de odontologia que estava numa área próxima à cidade montanhosa de Tiefencastel, no cantão suíço de Grisons, foi por sua iniciativa e com uma licença ao  local onde escavações arqueológicas haviam encontrado, em 2003, restos de um antigo exército romano.

Esta descoberta permitiu a uma equipa de especialistas encontrar centenas de artefatos num campo de batalha, “que opôs guerreiros Réticos contra Legionários do império mais importante da Antiguidade”. 

Os arqueólogos estimam que um soldado romano teria enterrado a arma como forma de agradecimento pela vitória.

"Suspeitei que nem todos os locais tivessem sido meticulosamente investigados", disse Schmid ao Live Science. Embora o seu detetor de metais tenha emitido um sinal indicando que havia um pequeno objeto no chão, este localizou uma adaga de aproximadamente 30 centímetros de comprimento. O artefato é decorado com incrustações de prata e latão. 

Embora Lucas tenha pensado que encontraria algo interessante, o arqueólogo amador confessou que descartou "encontrar um objeto tão importante".

Depois da descoberta Schmid entrou em contato com o serviço de arqueologia do cantão, o Archäologischen Dienst Graubünden (ADG), que lhe permitiu realizar o seu trabalho de detecção na área. Uma equipe de profissionais (incluindo Schmid) do ADG e da Universidade de Basel (Suíça) desenterrou centenas de objetos espalhados por mais de 35 mil metros quadrados.

O grupo encontrou pontas de lança, elementos feitos de chumbo, partes de escudos, moedas e pregos das sandálias de sola (chamadas 'caligae' em latim) usadas pelos legionários romanos. 

"Não apenas os objetos, como a adaga, são interessantes, mas também o grande número e composição das engenhocas encontradas", disse Peter-Andrew Schwarz, arqueólogo da Universidade de Basel.