Costa: “País não será mais competitivo num modelo de baixos salários”

O Executivo está empenhado em aumentar a despesa em investigação e desenvolvimento, de modo a que esta ascenda a 3% do produto interno bruto (PIB). 

O primeiro-ministro disse esta terça-feira que os motores de recuperação e desenvolvimento do país estarão assentes nas qualificações e da inovação, justificando, por isso, que é necessário continuar a investir nas qualificações.

"Hoje já há um enorme consenso, uma total unanimidade, em reconhecer que o país não será mais competitivo num modelo de baixos salários e que os motores da recuperação e desenvolvimento do país assentarão, necessariamente, nas qualificações e na inovação", disse o primeiro-ministro, em declarações na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, justificando que a "aposta nas qualificações tem, por isso, que prosseguir". 

Temos de prosseguir porque os outros também prosseguem. Se hoje nos estamos a aproximar daquilo que é a média da qualificação da UE, a ambição que temos de ter é chegar ao nível dos melhores entre os que contribuem para a média da UE", referiu o primeiro-ministro. 

O primeiro-ministro adiantou ainda, durante a sessão de abertura do 9.º Congresso Nacional dos Economistas, que a "melhor forma" de translação do conhecimento para o tecido empresarial é o "emprego das pessoas qualificadas". 

"A aposta que está a ser feita no ensino e formação profissional está a ter um impacto profundo no nosso país. Temos hoje um ensino cada vez mais alinhado com as necessidades do nosso tecido produtivo, melhorando a empregabilidade dos trabalhadores e a competitividade das empresas", referiu António Costa. 

O Executivo está empenhado em aumentar a despesa em investigação e desenvolvimento, de modo a que esta ascenda a 3% do produto interno bruto (PIB). 

"Agora, estamos determinados a continuar a elevar a despesa total em investigação e desenvolvimento para atingir os 3% do PIB até 2030 e queremos assegurar que esse conhecimento se transforma em valor económico e social. Estes 3% não serão investimento público, pelo contrário, dois terços deve ser investimento assegurado pelo tecido empresarial".