TAP registou prejuízos de 627 milhões até setembro

Perdas representam uma melhoria de 10,4% face a igual período do ano passado. “A abertura das fronteiras nos principais mercados da TAP está refletida na sua performance financeira dando-nos o primeiro sinal de uma recuperação”, disse a CEO

A TAP registou um prejuízo de 627,6 milhões até setembro, ainda assim, representa uma melhoria de 73 milhões quando comparado com o mesmo período de 2020. “Para este resultado contribuiu o impacto negativo das diferenças de câmbio de -125,3 milhões de euros, dos quais  104,6 milhões são devidos à depreciação EUR/USD em rendas futuras e por isso sem impacto em caixa”, revelou a empresa, em comunicado.

No entanto, o EBITDA recorrente, sem efeitos extraordinários, foi positivo no terceiro trimestre, o que acontece pela primeira vez desde o início da pandemia, cifrando-se em 65,6 milhões.

A empresa diz ainda que a recuperação do tráfego aéreo tem ajudado à melhoria dos resultados e lembra que o crescimento do número de passageiros no terceiro trimestre (127%) face aos três meses anteriores, levou a um aumento de 90,3% das receitas para os 443,7 milhões. “A abertura das fronteiras nos principais mercados da TAP está refletida na sua performance financeira dando-nos o primeiro sinal de uma recuperação lenta de um período difícil e desafiante para a indústria da aviação, para a companhia e para os seus stakeholders. Estamos cautelosamente confiantes que esta tendência será sustentável e que será refletida na situação financeira da TAP”, disse a CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener. 

O total de receitas operacionais alcançou 826,8 milhões de euros ligeiramente abaixo em 1,7% quando comparado com o mesmo período em 2020” salientando que “para este resultado contribuiu o decréscimo em receitas de passageiros de 91,2 milhões de euros (-13,0% YoY), o qual foi parcialmente compensado pelo segmento de carga e correio, que aumentou 81,9 milhões de euros (+102,8%)”.

Já o total de custos operacionais ascendeu a 1250 milhões de euros “um decréscimo de 201,4 milhões de euros (-13,9%) quando comparados” com o período homólogo, “maioritariamente explicados pela redução material na rubrica de depreciações e amortizações (-81,0 milhões de euros) e custos com operações de tráfego (-35,7 milhões de euros)”.

Nos custos com pessoal, e apesar da diminuição de 114 colaboradores no trimestre, verificou-se uma subida de 11,7% maioritariamente devido aos custos variáveis em resultado da recuperação da atividade. “A maioria das saídas de colaboradores este trimestre foram voluntárias mas também já se verificaram saídas no contexto do despedimento coletivo que começou a 1 de setembro e terminou a 16 de outubro de 2021”.