Alívio de carga fiscal é prioridade para aumentar PIB

Maioria dos gestores portugueses considera que o alívio fiscal e a atração de investimento externo são prioridades para o crescimento do PIB.

Oito em cada dez empresários portugueses apontam o alívio da carga fiscal como a ação prioritária para alcançar o  aumento do PIB.

De acordo com os resultados do Barómetro Kaizen, que inquiriu mais de 200 gestores de médias e grandes empresas que atuam no mercado português (e que no seu conjunto representam mais de 35% do PIB nacional), a maioria (73%) concorda que o objetivo de redução da dívida pública não será cumprido até 2022. Ainda assim, para 57% dos gestores, a diminuição da dívida pública é considerada uma ação prioritária para alcançar o aumento do PIB e alavancar o crescimento. 

Dentro das áreas de intervenção mais relevantes para que o PIB ultrapasse o valor pré-pandemia, o alívio da carga fiscal e a atração de investimento externo estão também no topo das prioridades, para 82% e 57% dos inquiridos, respetivamente.

Segundo os dados da edição de novembro deste estudo, desenvolvido pela multinacional  de serviços de consultoria Kaizen Institute em Portugal, os empresários ainda estão “cautelosos relativamente ao grau de confiança na economia nacional, cujo valor revela um crescimento pouco expressivo”, lê-se no relatório.

No entanto, 66% dos gestores continuam a acreditar que a economia nacional continuará a progredir, ainda que a um ritmo mais lento. Numa perspetiva mais pessimista, 20% dos inquiridos considera que a economia nacional será afetada pelo abrandamento de outras grandes economias, podendo vir a estagnar ou entrar em recessão.
No que respeita ao desempenho das empresas representadas pelo Barómetro Kaizen, 40% preveem cumprir as metas estabelecidas para 2021, enquanto 36% prevê ultrapassar os seus objetivos. 

Para a maioria dos inquiridos, a existência dos fundos provenientes do PRR não parece afetar a estratégia das empresas, já que 60% confirma que não irá rever o seu planeamento de 3 a 5 anos, em função destes fundos.

Híbrido veio para ficar Com a pandemia a abrir portas aos modelos de trabalho remoto,  60% dos gestores confirma que, no decorrer do próximo ano, as suas empresas irão adotar um modelo de trabalho híbrido (maioritariamente presencial). 
Por seu lado, 35% dos inquiridos admite seguir um modelo de trabalho totalmente presencial.

Este estudo de opinião concluiu ainda que, para 47% dos gestores, a atribuição de bónus e outras compensações são uma das suas principais estratégias para atrair talento. Seguem-se os modelos de progressão de  carreira (46%) e os aumentos salariais (41%), como outros dos principais eixos para reter os colaboradores.

No contexto da transição digital, 41% dos gestores revela também que avançou para a digitalização das suas operações, sem antes proceder à otimização dos seus processos e definir uma estratégia transversal à organização.