PJ investiga uma dezena de casos relacionados com falsificação de certificados digitais covid-19

O preço do documento falso varia entre os 100 e os 500 euros, é pago sobretudo em criptomoeda e vendido principalmente através da rede social Instagram. 

A Polícia Judiciária (PJ) tem em seu encargo "cerca de uma dezena de investigações" relacionadas com falsificações de certificados digitais covid-19 da União Europeia. 

Esta força de segurança referiu numa nota enviada à agência Lusa apenas esta informação, indicando ser prematuro avançar com mais pormenores sobre a investigação. 

De acordo com os dados da Euroactiv – rede de comunicação pan-europeia independente especializada nas políticas da União Europeia, os países como Alemanha, Áustria, Itália e ainda países do Leste Europeu e dos Balcãs estão entre os 12 Estados onde se regista o maior número de falsificações do certificado. 

O preço do documento falso varia entre os 100 e os 500 euros, é pago sobretudo em criptomoeda e vendido principalmente através da rede social Instagram. 

Segundo a Euroactiv, há vários consultórios de clínica geral onde são comprados certificados, depois de ser simulada a inoculação da vacina contra a covid-19, inserindo os dados da pessoa falsamente vacinada no sistema de registo da vacinação. De realçar que a vacina mais utilizada para esta fraude é a da Janssen por ser dose única.

As autoridades alemãs já alertaram para o aumento do comércio de certificados falsos, tendo a compra deste documento subido no momento em que foram introduzidas novas medidas restritivas para os não vacinados naquele país. 

Cerca de 2.500 casos de certificados falsos eram conhecidos na Alemanha, metade dos casos na Baviera, no final do mês de novembro, segundo os dados da Euroactiv. 

Na União Europeia já foram emitidos mais de 710 milhões de certificados digitais: seja o comprovativo de que o seu portador está vacinado contra o vírus, efetuou um teste com resultado negativo ou já recuperou da doença.