Europa reforça medidas para lidar com nova vaga da covid-19

Inglaterra e Polónia anunciaram novas medidas, mas nem todos aceitam as restrições. Na Bélgica foi reportado um protestos com 8 mil pessoas.

No mesmo dia em que o mundo ultrapassou mais de cinco milhões de mortes relacionadas com a covid-19 está a ser reportada por toda a Europa uma crescente dificuldade em lidar com a mais recente vaga do vírus e que está a ser acompanhada por novas limitações.

No Reino Unido, onde foram detetadas 43 992 novas infeções, entre sábado e domingo, assistiu-se a um aumento de 21% na taxa de novos casos face aos números registados na semana passada. Em relação ao número de casos da nova variante, Ómicron, foram confirmados um total de 246 casos, um aumento de 50% em apenas um dia. 

Este aumento de infeções está a deixar os hospitais britânicos numa posição sensível, com a Presidente do Royal College of Emergency Medicine, Katherine Henderson, a alertar que os hospitais podem entrar em estado de rutura por causa da nova variante da covid-19.

“Estamos espetacularmente mal agora, mas podemos estar ainda piores, caso a nova variante se reflita num aumento de entradas no hospital”, disse Henderson, citada pelo Guardian. “Isso irá colocar-nos numa posição muito difícil”. 

Os países que fazem parte do Reino Unido reforçaram as suas medidas, com a República da Irlanda a anunciar que qualquer pessoa que chegar ao país terá de fazer um teste de covid a partir das 4h da terça-feira – incluindo aqueles que já tomaram a dose dupla da vacina. Esta medida foi anunciada no domingo e é semelhante ao que foi decretado, no sábado, em Inglaterra.

A Polónia detetou 22.389 novos casos de infeção nas últimas 24 horas, um aumento de 9% comparado os casos registados no último domingo. O país está com dificuldade em lidar com esta vaga do vírus tendo o Governo imposto restrições nos voos a sete países africanos para evitar a disseminação da variante Omicron e introduziu mandatos para que espaços como hotéis, restaurantes e igrejas apenas pudessem ter metade da sua lotação até ao dia 17 de dezembro.

Mas nem todos estão disponíveis para aceitar estas novas restrições, na Bélgica mais de oito mil pessoas saíram à rua em Bruxelas, este domingo, para protestar as novas medidas aplicadas no combate à pandemia, rejeitando também a possível obrigatoriedade das vacinas e os certificados de vacinação.