França quer ilegalizar grupo de extrema-direita suspeito de atacar manifestantes antirracistas

Um homem, por exemplo, foi apanhado a esmurrar violentamente a cabeça de uma jovem que estava a usar uma T-shirt que dizia “Não ao racismo”.

França quer ilegalizar grupo de extrema-direita suspeito de atacar manifestantes antirracistas

O ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, está a tentar dissolver um grupo de extrema-direita suspeito de atacar manifestantes antirracistas que entraram num comício de campanha realizado pelo candidato presidencial de extrema-direita Éric Zemmour.

Pensa-se que os Zouaves, grupo que apoia a ideologia anti-imigração e anti-islamismo de Zemmour, estão por detrás da rixa, que aconteceu há oito dias. Membros do grupo de discriminação anti-racial SOS Racism disseram que tinham como objetivo protestar pacificamente, mas cinco dos seus membros acabaram por ficar feridos. Um homem, por exemplo, foi apanhado a esmurrar violentamente a cabeça de uma jovem que estava a usar uma T-shirt que dizia "Não ao racismo". Outros agressores pontapearam e atiraram cadeiras aos manifestantes. A polícia francesa disse ter identificado cerca de 50 pessoas ligadas aos Zouaves que se reuniram para tirar uma fotografia e cantaram: "On est chez nous" (esta é a nossa casa), de acordo com a AFP.

No domingo passado, o ministro do Interior disse ter iniciado uma acão judicial para que o movimento Zouaves fosse ilegalizado e esperava que o Conselho de Estado concordasse com a proibição.

"Iniciei o procedimento para dissolver este agrupamento de facto que são os Zouaves, que é um grupo de pessoas provenientes quer do GUD [uma antiga união de estudantes de extrema-direita] quer da Action Française, ou seja, movimentos ultra-direitos bem conhecidos", disse Darmanin à imprensa francesa.