Madeira regista primeiro caso de infeção pela variante Ómicron

Esta infeção foi importada do Reino Unido.

As autoridades madeirenses identificaram a primeira infeção com a variante Ómicron da covid-19 na região, tendo este caso sido importado do Reino Unido, anunciou esta quinta-feira o secretário regional de Saúde.

"Da variante Ómicron na Madeira, a informação que temos é de que haveria um caso de uma cidadã inglesa, portanto, importado, que está já isolado numa unidade hoteleira", afirmou no Funchal Pedro Ramos, o secretário Regional de Saúde e Proteção Civil.

Pedro Ramos considera que esta é uma situação "perfeitamente expectável" uma vez que no Reino Unido a variante Ómicron "tem mais prevalência" do que outras, como é o caso da Delta.

O secretário regional da Saúde, que respondia a questões dos jornalistas, apelou ao respeito pelas "medidas básicas de proteção" contra a covid-19 no arquipélago, apesar da elevada taxa de vacinação e da testagem massiva que está a ser feita na população.

À margem da assinatura de um contrato-programa entre o Instituto de Administração da Saúde da Madeira e a delegação regional da Fundação Portuguesa – Comunidade Contra a SIDA, Pedro Ramos referiu que "temos de estar vacinados, temos de fazer o teste com frequência, mas não podemos estar com ajuntamentos sem máscara.

O secretário regional fez este apelo a propósito de surtos de covid-19 identificados no Funchal e em Porto Santo, associados a convívios em bares em que não foram respeitadas as "medidas básicas de proteção". 

No que toca ao caso de Porto Santo, Pedro Ramos explica que estão em causa 23 casos de infeção, que levaram à suspensão de "algumas atividades" na ilha, por parte da câmara municipal, e também da vacinação que estava prevista para sexta-feira e sábado, sendo que esta será recuperada nas próximas datas já calendarizadas.

"Porto Santo foi um dos primeiros concelhos da região que ficou com a vacinação completa, mas isto é um aviso à população. É um aviso de que, apesar de estarem nessa situação sanitária, com mais 95% da população ativa vacinada, se não tiverem cuidado, estas situações vão continuar a acontecer", afirmou.

Pedro Ramos sublinhou ainda qque "a vacina não protege a 100% e esta mensagem tem de passar para toda a população", apesar de os vacinados, na generalidade, não precisarem de tratamento hospitalar.

De acordo com os últimos dados epidemiológicos da Direção Regional da Saúde, a Madeira regista, atualmente, 987 casos ativos de covid-19 e um total de 121 óbitos associados à doença desde o início da pandemia.

Na quarta-feira, estavam internadas 36 pessoas no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, cinco das quais em cuidados intensivos.