Há menos empresas a recorrerem ao apoio à retoma

Em novembro verificou-se uma quebra de 61,4% face a outubro.

O número de empresas com apoio à retoma progressiva registou uma queda de 61,4% em novembro face a outubro, para 1048. Os números foram avançados pela Segurança Social. Também o número de trabalhadores abrangidos pelo apoio à retoma caiu 68,7% em novembro face ao mês anterior, totalizando 7307 pessoas. Já o valor pago às empresas diminuiu 64,4%, totalizando 2,88 milhões de euros em novembro.

De acordo com os mesmos dados, o apoio à retoma progressiva está em queda desde abril. Nessa altura, a medida abrangia cerca de 28 mil empresas e 194 mil trabalhadores.

Regiões 

O maior número de empresas com apoio à retoma em novembro verificava-se na região de Lisboa (395), seguida do Porto (213), Região Autónoma da Madeira (63), Braga (54) e Aveiro (50).

Desde o início do ano foram abrangidas pelo apoio à retoma quase 41 mil empresas e mais de 308 mil trabalhadores, o que corresponde um montante global de 478,9 milhões de euros.

Recorde-se que em agosto, foi publicado um decreto-lei que mantém em vigor o apoio à retoma até ao final do mês em que vigorem restrições à atividade associadas à pandemia e tinha como objetivo mitigar o impacto da pandemia, destinado às empresas com uma quebra de faturação igual ou superior a 25%, permitindo reduzir o horário dos trabalhadores. 

No entanto, a partir de outubro, as empresas que acederam ao apoio passaram a estar impedidas de proceder a despedimentos no prazo de 90 dias após a cessação do apoio (contra os anteriores 60 dias).

Esta era uma das medidas mais defendidas pelas associações empresariais para combater a redução de faturação como uma das consequências da pandemia.