Claro que os tempos em que os médicos eram demasiado conscienciosos nas suas funções, sem pensarem em dinheiro, em grande parte já lá vai.
Para serem assim, a maioria dos médicos teria de ser suficientemente rica, e não querer mais pensar em dinheiro. Ou, apesar de ser pobre, não lhe dar importância.
De qualquer modo, Leonor Beleza ficou para a posteridade como uma das raríssimas ministras que teve a coragem de afrontá-los. Já se viu que a actual não pensa nisso. Beleza também contou com o apoio de um primeiro-ministro pouco normal, e disposto a ir até ao fim no apoio à sua gente. Que mesmo assim a substituiria. Talvez por outras razões, exacerbadas pelos doutores.
De qualquer modo, isso foi chão que já deu uvas. E seria injusto não lembrar aqui também Luís Barbosa, nos seus tempos de ministro da Saúde da AD.