Detetado foco de gripe das aves numa exploração caseira de perus em Óbidos

Note-se que no início de dezembro, já tinha sido detetado um foco de gripe das aves numa exploração caseira em Palmela, Setúbal. Já foi ativado o plano de contingência. 

Foi detetado um novo foco de gripe das aves em Portugal, através de uma exploração caseira de perus, em Óbidos, no distrito de Leiria, tendo a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) ativado o plano de contingência. 

Num comunicado divulgado este sábado, a DGAV indicou que "foi confirmado um novo foco de gripe aviária de alta patogenicidade (GAAP) pelo Instituto Nacional de Investigação Agrária, em exploração de perus, em Óbidos".

Note-se que no início de dezembro, já tinha sido detetado um foco de gripe das aves numa exploração caseira em Palmela, Setúbal.

O plano de contingência já foi ativado e as medidas de controlo estão a ser implementadas, nomeadamente, a inspeção do local e a "eliminação dos animais afetados".

A DGAV também informou que as explorações pecuárias nas zonas de proteção e de vigilância em redor do foco de infeção também foram inspecionadas.

Por outro lado, os detentores das explorações foram indemnizados pelo abate dos animais, sublinhou a DGAV, acrescentando que não existem evidências de que a gripe aviária seja transmitida para os humanos através do consumo de alimentos, como carne de aves de capoeira ou ovos.

"Na origem da doença estará a regular migração de aves selvagens na Europa, provenientes da Ásia e do leste da Rússia, que têm permitido a circulação viral e a sua transmissão a longas distâncias", sustentou a entidade, evidenciando que, devido à "situação epidemiológica atual", é fulcral seguir as regras de biossegurança, bem como as boas práticas de produção avícola, evitando contactos entre aves domésticas e selvagens.

Para além disso, também devem ser cumpridos os procedimentos de higiene das instalações, equipamentos e materiais e mantida uma observação "diária e atenta" das aves de capoeira, incluindo os consumos de água, alimentos e os índices produtivos.

"Recorde-se que os operadores que detêm aves de capoeira ou aves em cativeiro são os primeiros responsáveis pelo estado sanitário dos animais por si detidos e, perante uma qualquer suspeita de doença, a mesma deverá ser imediatamente comunicada à DGAV. A deteção precoce de focos de infeção por vírus gripe aviária de alta patogenicidade (GAAP) é absolutamente essencial para a rápida e eficaz implementação no terreno das medidas de controlo da doença destinadas a evitar a sua disseminação", apontou a entidade.