NBA. O sol da Califórnia não brilha sobre os Lakers, nem em jogo de recorde

Os amarelos e púrpura de Los Angeles nadam num mar de maus resultados, e o confronto com os Brooklyn Nets não foi a boia de que tanto precisam. Ainda assim, LeBron James tornou-se no maior ‘marcador’ de sempre em jogos no dia de Natal.

O caldo está entornado para os Los Angeles Lakers. A equipa veterana, que conta no seu plantel nomes épicos do desporto como LeBron James, Russell Westbrook, Anthony Davis e Carmelo Anthony, vai de mal a pior nesta época da liga norte-americana de basquetebol (NBA), e sofreu mais uma derrota na madrugada de domingo, a quinta consecutiva. Frente aos Brooklyn Nets de James Harden, no Crypto.com Center (destaque-se que é o primeiro jogo oficial dos Lakers nesta arena após a mudança de nome, depois de o ‘Staples Center’, nome colocado há mais de 20 anos, ter ficado para trás num milionário negócio), os Lakers acabaram derrotados por 115-122, num jogo em que LeBron James brilhou, mas não o suficiente para colocar os amarelos e púrpura em vantagem no marcador. James, prestes a completar 37 anos de idade (a 30 de dezembro), foi o autor de 39 estonteantes pontos para os Lakers, aos quais se juntam 9 ressaltos e 7 assistências. Mais, LeBron James bateu ainda um novo recorde nesta receção aos Nets: tornou-se no jogador com mais pontos marcados em jogos no dia de Natal. Em 16 jogos realizados a 25 de dezembro, o ala dos Lakers marcou um total de 397 pontos, quebrando o recorde que até este ano era detido por Kobe Bryant, que, em 16 jogos, marcou 395 pontos.

James entrou no court a 13 pontos de atingir o recorde de Bryant, e um par de lances livres no segundo período bastaram para conquistar o feito. Ainda assim, do outro lado estava também um inspiradíssimo James Harden, que arrecadou 36 pontos na partida, mais 10 ressaltos e 10 assistências.

Os Lakers estão a passar por um mau bocado, e a pandemia da covid-19 não tem ajudado, nem muito menos a lesão no joelho de Anthony Davis, que o deverá deixar de fora dos pavilhões durante quatro semanas. A infeção com o novo coronavírus impediu o técnico Frank Vogel de estar presente no jogo com os Nets, e este é apenas um parágrafo do escuro capítulo que tem sido a relação da equipa com a pandemia da covid-19. Na semana passada, Avery Bradley e Malik Monk, Austin Reaves, Kent Bazemore e Trevor Ariza foram colocados de quarentena, e apenas Monk e Bradley estiveram ‘aptos’ a tempo do jogo com os Nets.

Nesta altura, os Lakers contam um registo negativo de 16 vitórias e 18 derrotas, sem saber o que é vencer há cinco jogos (depois das derrotas consecutivas com, respetivamente, os Brooklyn Nets, San Antonio Spurs, Phoenix Suns, Chicago Bulls e Minnesota Timberwolves). Isto depois de uma semana em que os Lakers tinham conquistado três vitórias consecutivas (contra, respetivamente, os Oklahoma City Thunder, Orlando Magic e Dallas Mavericks). Resultados que empurraram, pelo menos temporariamente, os Lakers para fora dos eventuais playoffs da NBA.

O mau momento foi, aliás, alvo de comentário por parte de LeBron James, ainda antes do próprio jogo com os Nets. O jogador estrela dos Lakers culpou a “falta de química” do plantel, mas também incluiu na equação os efeitos da pandemia da covid-19 no mesmo. “É literalmente um tiro de lixo toda a vez que se faz um teste (para ver quem estará fora dos protocolos de saúde e segurança)… não temos química com nenhuma equipa… é a verdade”.

Curry picante Quem, tal como LeBron James, também se destacou recentemente, foi Stephen Curry, detentor do recém-conquistado título de maior ‘marcador’ de ‘triplos’ da história da NBA. Aliás, o eterno jogador dos Golden State Warriors conta, depois da vitória frente aos Phoenix Suns, no sábado, 2.999 triplos em seu nome. Frente ao emblema de Phoenix, vice-campeão em título, Curry conquistou 33 pontos, quatro ressaltos e seis assistências, brilhando em mais uma vitória dos Warriors (116-107), e deixando o terreno desbravado para, a 28 de dezembro, frente aos Denver Nuggets, marcar o seu 3.000º ‘triplo’. Por esta altura, o emblema de São Francisco está na crista da onda, com 27 vitórias e apenas seis derrotas.