97% das empresas portuguesas pretende recorrer a fundos europeus nos próximos anos

Entre as áreas em que as empresas pretendem investir destacam-se as áreas de desenvolvimento e inovação (14,9%), investimento produtivo (14,6%) e digitalização (14,6%).

A grande maioria das empresas portuguesas (97%) tem a intenção de fazer investimentos com recurso a fundos europeus nos próximos 2 a 3 anos. Esta é uma das conclusões do inquérito da FI Group, empresa gestora de programas de investimento públicos europeus e consultora na gestão da inovação, que envolveu 104 entidades de todo o país.

De acordo com os resultados do estudo, entre as áreas em que as empresas pretendem investir destacam-se as áreas de desenvolvimento e inovação (14,9%), investimento produtivo (14,6%) e digitalização (14,6%), que estão alinhadas com os objetivos nacionais definidos para os quadros de financiamento europeu dos próximos anos.

Nota-se também nos dados do inquérito da FI Group uma forte oportunidade de aumentar a chegada dos fundos europeus às empresas nacionais: cerca de 47% das entidades inquiridas revelaram nunca ter usufruído de qualquer apoio no âmbito dos fundos comunitários europeus.

Mesmo identificando pontos de melhoria para o Portugal 2030 em relação ao Portugal 2020, como por exemplo a simplificação dos processos, a redução da burocracia, análise mais rápida das candidaturas e pedidos de pagamento, aumento dos apoios às micro, pequenas e médias empresas, entre outros, a maioria dos inquiridos reconhece a importância do novo programa de fundos europeus, afirmando que pretende usufruir de apoios do PT 2030 e do PRR (47%) ou unicamente do PT 2030 (34%). Pelo contrário, apenas 4% das empresas espera obter apoios exclusivamente do PRR.

Paulo Reis, diretor-geral da FI Group, considera que as conclusões deste inquérito "mostram que as empresas portuguesas têm uma grande vontade de investir e potencial de contribuir para a criação de emprego e para a recuperação económica", defendendo que é "urgente que lhes seja dado um maior acesso a apoios para executarem os seus investimentos, o que passa pela introdução de uma maior flexibilidade e desburocratização de processos, a fim de tornar as candidaturas mais transparentes e acessíveis”.