Economia

Casas. Preço de venda registou crescimento em 2021

Os dados do Imovirtual revelam que comprar casa foi mais caro em 2021 com o preço de venda a registar um crescimento de 5% face a 2020 e 12% face a 2019. No arrendamento, as rendas médias baixaram.

Casas. Preço de venda registou crescimento em 2021

Comprar casa foi mais caro em 2021. Os dados são do barómetro anual do Imovirtual que revelam que, no caso da venda, o preço médio dos imóveis anunciados no Imovirtual, nesse ano, foi de 362.870 euros, valor que representa um aumento geral do preço das casas, com uma variação de +5,1% em relação a 2020 (345.412 euros) e de +11,8% em relação a 2019 (324.559 euros).

Os dados mostram que Lisboa (578.083 euros), Faro (479.300 euros), Região Autónoma da Madeira (359.513 euros) e Porto (323.016 euros) foram os distritos mais caros em 2021. Do lado contrário, Guarda (112.759 euros) e Portalegre (117.845 euros) foram os locais mais baratos para comprar casa.

Diz ainda o barómetro que o aumento de preço mais significativo em 2021, face a 2020, regista-se em Évora, com o preço médio a passar de 204.690 euros para 238.373 euros (+16,5%). Seguem-se a Madeira (+10,5%), onde o preço de venda em 2020 se fixava nos 325.382 euros; Aveiro (+9,8%); Beja (+9%) e Braga (+8,6%).

Já os distritos onde o preço de venda foi mais baixo no ano passado foram Guarda e Portalegre. E são também os únicos que registam descida de valores em relação a 2020 (-8% e -3,3%) e a 2019 (-14,5% e -22,4%), respetivamente.

Já no arrendamento, o valor médio anunciado foi de 1.017 euros em 2021, valor que significa uma diminuição das rendas face a 2020 (-5,8%), quando o valor era de 1.080 euros. A diferença é ainda mais significativa se comparado com 2019 (-18,1%), quando a renda média era de 1.242 euros.

Assim, em 2021, Lisboa (1.264 euros), Porto (935 euros), Madeira (875 euros) e Faro (833 euros) foram os locais mais caros para arrendar. Por outro lado, Portalegre (386 euros), Bragança (407 euros) e Castelo Branco (410 euros) foram os mais acessíveis.

Segundo o Imorvirtual, o distrito que regista maior aumento do valor médio de renda, que sobe de 351 euros em 2020 para 425 euros em 2021, é a Guarda (+21,1%). Segue-se Portalegre (+12,5%), que passa de 343 euros para 386 euros.

Já a quebra mais acentuada face ao ano anterior vai para Beja (-9,5%), que desce de 557 euros para 504 euros. Em segundo lugar surge Lisboa (-9%), que diminui de 1.389 euros para 1.264 euros.

“O preço de venda tem vindo a aumentar desde 2019, altura em que o mercado imobiliário teve alterações e dinâmicas, devido às novas necessidades e tipo de procura que surgiram com a pandemia. Tal aconteceu em 2020 e 2021 manteve essa tendência. Já em relação ao arrendamento, há uma diminuição dos preços, que pode estar associada, por um lado, à maior oferta, mas também à mobilidade interna possibilitada pelo trabalho remoto, pois as maiores quebras registam-se nas grandes capitais”, diz Ricardo Feferbaum, Diretor Geral do Imovirtual.

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