Pilotos garantem que são parte da solução na TAP

Representantes dos vários sindicatos da TAP reuniram online com o ministra das Infraestruturas e com a CEO da companhia aérea.

“A principal preocupação do SPAC, no atual cenário de recuperação do mercado, é a potencial falta de pilotos para assegurar a operação do dia-a-dia no futuro próximo da TAP”, esta é uma das preocupações expressa pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) numa reunião que decorreu esta quarta-feira em conjunto com outros representantes dos sindicatos da TAP. E garantem que são parte da solução para o futuro.

A iniciativa online foi promovida pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos e contou ainda com a presença de Christine Ourmières-Widener, CEO da TAP.

Em comunicado, o SPAC acrescenta que “além dos despedimentos e saídas voluntárias, torna-se imperativo rever os termos do acordo de emergência que permitiu encarar o pior período da história recente da Aviação Comercial, mas que também tornou a TAP pouco atrativa face ao panorama internacional”. E não tem dúvidas que este cenário poderá levar à saída “massiva” de pilotos, “motivada pelas melhores condições laborais oferecidas por outras companhias”.

 O SPAC acrescenta ainda na nota que “no contexto das explicações e anúncios aos sindicatos feitas pela tutela, o SPAC, que integra pilotos de todas as companhias aéreas com base em Portugal, bem como associados noutros mercados internacionais, destaca a atitude dos pilotos no processo de recuperação – que se pautou e sempre se irá pautar como uma parte da Solução para a viabilização da transportadora aérea nacional”.

E acrescenta que a retoma da procura no setor faz antever uma época alta em 2022 comparável a anos pré-pandemia. Nesse sentido, o sindicato “vê com apreensão o cancelamento de inúmeros voos da TAP nas últimas semanas, com graves prejuízos para a empresa, para os seus clientes e para a economia e imagem do país”.

O SPAC diz não ter dúvidas que “estes cancelamentos refletem o desajuste do quadro de tripulantes de cabine face à necessidade operacional. Teme o SPAC, a breve trecho, a transposição dessa realidade para o quadro de pilotos pela tendência de retoma verificada no mercado”.