OMS avisa que Ómicron não será a última variante de preocupação

A mais recente variante tem feito vários países do mundo, incluíndo Portugal, baterem recordes de novos máximos diários de infeção. 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou esta quinta-feira que a Ómicron não será a última variante de peocupação do vírus que causa a covid-19, sublinhando que subsistem oportunidades para o vírus se espalhar e gerar novas variantes.

Na videoconferência de imprensa regular da OMS, a líder técnica de resposta à covid-19 na organização, Maria Van Kerkhove, disse que esta "não será a última variante de preocupação", quando questionada se a Ómicron, a mais transmissível das variantes do SARS-CoV-2, será a última estirpe do coronavírus a circular.

A epidemologista realçou, em relação à Delta e à Ómicron, que as "variantes estão a competir e a evoluir", apontando a vacinação, que previne a doença grave e a morte, e as medidas de saúde pública, como o uso de máscaras, o distanciamento físico e a lavagem frequente das mãos, como as "duas partes da equação" para travar as oportunidades de o vírus circular e originar novas estirpes, mais ou menos severas.

Mike Ryan, o diretor-executivo do Programa de Emergência em Saúde da OMS, disse, contudo, que "há ainda muitas oportunidades para o vírus se espalhar e gerar novas variantes".

"Equidade, equidade, equidade", insistiu, momentos antes, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reiterando que o fim da pandemia da covid-19 depende da igualdade no acesso às vacinas.

Ghebreyesus lembrou ainda que existem países, sobretudo os mais pobres, que continuam com baixas taxas de vacinação devido à falta de acesso a vacinas, traduzindo-se essa realidade no aparecimento de novas variantes do vírus, além de mais casos graves e mortes. 

De acordo com o mais recente da agência noticiosa AFP, a pandemia de covid-19 provocou mais de 5,4 milhões de mortes em todo mundo, sendo que, dessas, 19.054 foram em Portugal.

Segundo a OMS existem atualmente cinco variantes de preocupação do SARS-CoV-2, sendo que a Ómicron, a mais recente, é a mais transmissível de todas e está a fazer vários países, incluíndo Portugal, bater recordes de máximos diários de novas infeções.

Apesar da elevada transmissibilidade, esta variante é menos severa do que a antecessora Delta, sendo que a maioria dos casos se têm revelado assintomáticos ou com sintomas ligeiros.