Tancos. Ex-ministro Azeredo Lopes absolvido de todos os crimes e ex-diretor da PJM condenado a quatro anos de prisão com pena suspensa

Autor confesso do furto, João Paulino, condenado a oito anos de prisão efetiva. Do total de 23 arguidos, 11 foram condenados.

Azeredo Lopes, antigo ministro da Defesa Nacional, foi absolvido pelo Tribunal Judicial de Santarém de todos os crimes de que estava acusado no âmbito do processo do furto e recuperação de armamento do paiol de Tancos. Sublinhe-se que a decisão do coletivo de juízes coincide com o pedido de absolvição feito pelo Ministério Público (MP), por considerar que não ficou provado em tribunal que o ex-ministro tinha conhecimento da investigação paralela da Polícia Judiciária Militar (PJM).

Azeredo Lopes estava acusado de denegação de justiça, prevaricação, abuso de poder e favorecimento pessoal. 

Além disso, por falta de provas, todos os 23 arguidos foram absolvidos dos crimes de associação criminosa e tráfico de armas.

Por outro lado, o autor confesso do furto, João Paulino, foi condenado a oito anos de prisão por terrorismo e tráfico de estupefacientes. Seis anos pelo primeiro crime e cinco anos e seis meses pelo segundo resultando, em cúmulo jurídico, na pena única de oito anos.

Já o major Vasco Brazão, bem como o major Roberto Pinto da Costa, da PJM, e e o sargento Laje de Carvalho, da GNR de Loulé, foram considerados culpados do crime de favorecimento pessoal. Vasco Brazão e Lima Santos foram condenados a cinco anos de prisão com pena suspensa. No caso em concreto de Brazão foi ainda determinada uma pena acessória de proibição do exercício de funções, de 2 anos e 6 meses

Luís Vieira, antigo diretor da PJM, foi condenado a quatro anos de prisão, com pena suspensa, pelo crime de  favorecimento pessoal praticado por funcionário, e ainda à sanção acessória de proibição do exercício de funções por um período de três anos. O coronel estava acusado de associação criminosa, tráfico e mediação de armas, falsificação ou contrafação de documentos, denegação de justiça e prevaricação e favorecimento pessoal.

No total, dos 23 arguidos apenas 11 foram condenados e só três a prisão efetiva – João Paulino, Hugo Santos (sete anos e seis meses) e João Pais (cinco anos). 

Sublinhe-se que a decisão do coletivo liderado pelo juiz Nelson Barra foi conhecida esta sexta-feira, mais de um ano depois do início do julgamento no Tribunal de Santarém.

Notícia atualizada pelas 12h35