Covid-19 obriga a suspender visitas nos hospitais e a suprimir comboios

Hospitais suspenderam temporariamente as visitas e CP tem registado baixas entre os trabalhadores. 

Os hospitais de Torres Novas, Abrantes e Tomar suspenderam temporariamente, a partir de ontem, as visitas. Trata-se de uma medida preventiva para salvaguardar a saúde dos doentes e profissionais de saúde. “Face à evolução epidemiológica do país e dos concelhos servidos pelo CHMT {Centro Hospitalar do Médio Tejo], bem como tendo em consideração os alertas que hoje são lançados pela OMS – Organização Mundial da Saúde sobre a previsível evolução da pandemia na Europa, o conselho de administração do CHMT considerou indispensável a suspensão temporária da possibilidade de visitas. Esta decisão será reavaliada periodicamente, e de acordo com a evolução situação epidemiológica”, pode ler-se no comunicado emitido.

Também o Hospital Garcia de Orta, em Almada, suspendeu as visitas aos doentes internados, exceto nos serviços de pediatria e obstetrícia. Em sentido inverso, o Hospital Distrital de Santarém (HDS) retoma a partir de hoje as visitas aos doentes internados, que estiveram temporariamente suspensas como medida preventiva devido à pandemia. É apenas permitida uma visita por doente internado, tendo cada visita a duração máxima de 30 minutos.

Comboios suprimidos Na CP, as baixas por covid-19 já estão a afetar os serviços. De acordo com o jornal Público, a nova variante Omicron já levou à supressão de 26 comboios entre 14 de dezembro de 2021 e 9 de janeiro de 2022.

Durante este período, conta fonte oficial da empresa, a companhia ferroviária encerrou também oito bilheteiras durante um dia e quatro bilheteiras durante dois dias não consecutivos devido à covid-19, dado que “à data de hoje [11 de janeiro], nas carreiras ligadas à operação de comboios, a CP regista 50 trabalhadores em isolamento e 60 infectados”. A CP referiu ainda que no dia 3 de janeiro, registava 36 trabalhadores infetados e 42 em isolamento.

Recorde-se de que a TAP teve dificuldades com os trabalhadores devido aos efeitos da pandemia entre os trabalhadores da companhia aérea, que pediu aos tripulantes graduados, chefes de cabine, que assumissem de forma voluntária outras funções para evitar ao máximo os danos pela falta de pessoal, uma decisão que não foi bem recebida pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil.