Risco de pobreza aumentou em 2020 e atingiu cerca de 2 milhões de pessoas

O aumento foi mais notório entre as mulheres (2,5 pontos percentuais) e entre as pessoas com mais de 65 anos (2,6 p.p.), tendo também subido entre todos os tipos de famílias, “especialmente nas famílias com crianças” (2,7 p.p.).

O risco de pobreza aumentou em 2020, face a 2019, de acordo com os dados provisórios do INE do relatório “Portugal, Balanço Social 2021”, divulgado esta terça-feira, atingindo quase 2 milhões de pessoas.

Segundo o relatório, que tem por base os dados preliminares do Inquérito aos Rendimentos e Condições de Vida (ICOR), disponibilizado em dezembro de 2021, a taxa de risco de pobreza aumentou dois pontos percentuais (p.p.) entre 2019 e 2020. Assim, a taxa de risco de pobreza, após transferências sociais, passou de 16,2% em 2019 para 18,4% em 2020.

“O número de pessoas em risco de pobreza aumentou de 1,7 milhões em 2019 para 1,9 milhões em 2020”, refere o relatório.

O aumento foi mais notório entre as mulheres (2,5 p.p.) e entre as pessoas com mais de 65 anos (2,6 p.p.), tendo também subido entre todos os tipos de famílias, “especialmente nas famílias com crianças” (2,7 p.p.).

Ao nível das famílias, o maior aumento registou-se nas famílias monoparentais, com um crescimento de 4,7 p.p. da pobreza para 30,2%, durante o ano de 2020.

Já entre as pessoas desempregadas, a taxa de risco de pobreza atingiu os 46,5%, o equivalente a uma subida de 5,8 p.p. face a 2019.