Central do Pego. Ministério do Ambiente recebeu seis propostas

Concurso público vai privilegiar propostas que acrescentem valor económico para a região e mantenham os postos de trabalho, entre outros critérios.

Tejo Energia SA, EDPR SGPS, GreenVolt, Endesa SA, Brookfield Ltd & Bondalti SA e Voltalia SA foram as seis empresas que concorreram à atribuição do ponto de ligação à rede da central do Pego. A informação foi revelada pelo Ministério do Ambiente. “No calendário do processo incluem-se a análise e avaliação, que culmina com relatório preliminar do júri a publicar no sítio da Internet da Direção Geral de Energia e Geologia a 7 de fevereiro, ou seja, 15 dias úteis após prazo de apresentação das candidaturas; ponderação, pelo júri, das observações formuladas pelos concorrentes e elaboração de relatório final de análise das propostas até 21 de fevereiro e notificação, a realizar pela DGEG ao adjudicatário, do direito de reserva de capacidade de injeção na RESP até 25 de fevereiro”, disse, em comunicado.

O Município de Abrantes, a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo fazem parte, entre outras entidades, da Comissão de Avaliação que apreciou os projetos submetidos a concurso, cujo prazo terminou na segunda-feira às 23h59.

“O procedimento concorrencial tem como objeto a adjudicação de um projeto exclusivamente focado na produção de energia de fontes renováveis e na redução de emissões de gases com efeito de estufa”, acrescentando que o projeto pode assumir várias formas: produção de eletricidade renovável, produção de gases renováveis, produção de combustíveis avançados e/ou sintéticos (ou um mix destes), sendo ainda valorizada a inclusão de soluções de armazenamento de energia. 

De acordo com o programa de concurso “serão privilegiadas propostas que se distingam ao nível da criação de valor económico para a região, partilhem eletricidade renovável produzida com o município de Abrantes, financiem programas de formação e reconversão profissional, a manutenção dos postos de trabalho existentes e que impliquem um menor hiato temporal entre o término da atividade da central a carvão e o novo projeto”. E o adjudicatário terá ainda de fixar a sua sede social no concelho, assim como operacionalizar uma zona piloto destinada às novas tecnologias de Investigação e Desenvolvimento (I&D) de energias renováveis”. 

Recorde-se que a central termoelétrica do Pego é o maior centro produtor nacional de energia, com uma potência instalada de 628 megawatts (MW) na central a carvão, e de 800 MW na central a gás, que prosseguirá em atividade, com contrato válido até 2035.