PR alerta para desafios pós-pandemia

Marcelo Rebelo de Sousa apela ao voto dos portugueses para que digam o que pensam do futuro pós-pandemia de um país a precisar de uma “urgente reconstrução da economia”.

O Presidente da República apelou este sábado aos portugueses que votem “em consciência e segurança” nas legislativas de domingo e digam o que pensam do futuro pós-pandemia de um país a precisar de uma “urgente reconstrução da economia”.

Numa declaração ao país de apelo ao voto, partilhada este sábado, Marcelo Rebelo de Sousa faz um balanço da campanha eleitoral, avisa para as dificuldades em sair da crise causada pela pandemia, e pede aos portugueses que vençam o cansaço e o conformismo e vão votar “sem temores nem inibições”.

“O choque da pandemia tem sido tão abrupto e prolongado que recuperar economia e mitigar pobreza e desigualdades sem mudanças de fundo, corre o risco de ser encharcar com milhões as areias de um deserto”, começou por alertar.

Destacou também que esta foi uma campanha marcada por três temas: “a própria pandemia e a saúde, a urgente melhoria das condições de vida, e a próxima fórmula governativa, por cada qual preconizada”.

“Amanhã eu lá estarei, como sempre, com o meu [voto], um em milhões, a dizer o que penso sobre os próximos anos para Portugal. Anos de saída de uma penosa pandemia, de urgente reconstrução da economia, da sociedade, do ambiente, da vida das pessoas, de difíceis desafios europeus, e de tensão mundial como já não existia há quase 20 anos”, continuou.

Marcelo admitiu que a “pandemia, cansaço, conformismo, e outras razões do foro íntimo, são, para muitos, argumentos para escolher não escolher”.

“Mas, nestas eleições tão diferentes, num tempo tão diferente e tão exigente, votar é também uma maneira de dizermos que estamos vivos e bem vivos, e que nada, nem ninguém, cala a nossa voz”, salientou, dando o exemplo da participação nas eleições autárquicas, em setembro, e até nas presidenciais de há um ano em que se registavam “mais de trezentos mortos por dia, mais de oitocentos em cuidados intensivos e mais de seis mil internados” e “sem vacinas”.

Resta, então, “votar em consciência e em segurança” e “a pensar em Portugal”, concluiu.