Arqueólogos encontram possíveis destroços do navio comandado por James Cook

Uma equipa de arqueólogos acredita ter encontrado o navio Endeavour, do século XVIII, na baía de Narragansett, em Rhode Island, nos EUA. Os destroços da embarcação são particularmente interessantes porque esta foi comandada por James Cook, um dos maiores exploradores marítimos da história.

Desde 1999 que os investigadores procuravam o famoso navio entre os naufrágios do século XVIII registados na área. Agora, ao que parece, o navio Endeavour , com o qual o capitão britânico James Cook explorou inúmeros territórios no Pacífico, incluindo a Austrália em 1770, foi encontrado nas profundezas da costa nordeste dos EUA, confirmou na quarta-feira o Museu Marítimo Nacional Australiano. 

"Este é o local de descanso final de um dos navios mais importantes e controversos da história marítima australiana", disse Kevin Sumption, diretor executivo do museu, em comunicado. Os especialistas marítimos confirmaram com "evidências arqueológicas e de arquivo" que o Endeavour, do qual apenas cerca de 15% da sua estrutura permanece, encontra-se a norte de Goat Island , em Newport Bay, Rhode Island.

A análise das estruturas ,que se conservam nos documentos dos arquivos e nos vestígios arqueológicos, revelou que o navio afundou em 1778 durante a Guerra da Independência dos EUA. De acordo com o comunicado do Museu Marítimo Nacional Australiano, as autoridades australianas e norte-americanas encontram-se a trabalhar para proteger o local da descoberta. 

O navio, que foi lançado em 1764 com o nome de Conde de Pembroke e batizado em 1768 como Endeavour, tem "um papel importante na exploração, astronomia e ciência aplicada não apenas na Austrália, mas também na Nova Zelândia, Reino Unido e EUA", explicou Sump. 

Mas num comunicado divulgado logo depois, D.K. Abbass, diretora executiva do Projeto de Arqueologia Marinha de Rhode Island afirma que, apesar de “o que vemos no local do naufrágio ser consistente com o que se pode esperar do Endeavour, não há dados indiscutíveis para provar que é o icónico navio. Há muitas perguntas sem resposta que podem anular essa identificação”, explicou Abbass, segundo o The Telegraph.