Congressista pró-Trump queria atacar Nancy Pelosi, mas acabou por confundir a polícia nazi Gestapo com sopa gaspacho

“Não só temos a prisão de D.C., que é o gulag de D.C., mas agora temos também a polícia de ‘gaspacho’ de Nancy Pelosi a espiar os membros do Congresso, a espiar o trabalho legislativo que fazemos, a espiar a nossa equipa e a espiar os cidadãos americanos que querem conversar com os seus representantes”,…

Congressista pró-Trump queria atacar Nancy Pelosi, mas acabou por confundir a polícia nazi Gestapo com sopa gaspacho

Marjorie Taylor Greene, congressista norte-americana e grande defensora do ex-presidente Donald Trump, foi protagonista de um momento que contribuiu para muitas risadas e algum gozo nas redes sociais. Na terça-feira, a congressista acusou a democrata Nancy Pelosi – terceira figura na hierarquia política dos Estados Unidos – de instaurar uma "polícia gaspacho", confundindo a Gestapo, a polícia secreta da Alemanha na época nazi, com o prato típico da gastronomia espanhola, 'gaspacho'. 

O momento aconteceu na noite de terça-feira, num programa do One America News, um canal televisivo pró-Trump. Na emissão, Taylor Greene comparou a prisão de Washington D.C., que abriga alguns dos manifestantes que atacaram o Capitólio a 6 de janeiro de 2021, a um "gulag", os centros de detenção da União Soviética. E depois para atacar a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, quis compará-la com a Gestapo, mas acabou por citar o 'gaspacho'. 

"Não só temos a prisão de D.C., que é o gulag de D.C., mas agora temos também a polícia de 'gaspacho' de Nancy Pelosi a espiar os membros do Congresso, a espiar o trabalho legislativo que fazemos, a espiar a nossa equipa e a espiar os cidadãos americanos que querem conversar com os seus representantes", afirmou a deputada.

A confusão de Greene foi vista como um momento de entretenimento por várias personalidades nas redes sociais, como o famoso chef hispano-americano José Andrés, dono de vários restaurantes em Washington e vencedor do Prémio Princesa das Astúrias de Concórdia pelo seu serviço a causas humanitárias.

"Cara congressista Marjorie Taylor Greene, a polícia do 'gaspacho' foi criada por mim em 1993 para que ninguém colocasse tabasco ou pimenta ou coisas estranhas na minha amada sopa!", brincou o chef na rede social Twitter.

Ainda assim, após a controvérsia, Marjorie Taylor Greene acabou por brincar com o sucedido: "Não há sopa para quem espiar ilegalmente membros do Congresso, mas vão ser atirados ao goulash", referindo-se à sopa húngara muito comum na Europa Central.

Não é a primeira vez que a congressista gere controvérsia com os seus comentários. Marjorie Taylor Greene já equiparou a obrigação do uso de máscara com a imposição nazi de estrelas amarelas aos judeus.