Diagnósticos de covid-19 caem 38%

Portugal passou a barreira dos 3 milhões de casos de covid-19 diagnosticados desde o início da pandemia, mais de metade já este ano. Agora caem significativamente. Alívio discutido na próxima semana.

Diagnósticos de covid-19 caem 38%

Os diagnósticos de covid-19 estão a diminuir em todas as faixas etárias, num momento de alívio progressivo da pandemia. Nos últimos sete dias, houve uma diminuição de 38% nos novos testes positivos para a covid-19 face à semana anterior. A média diária baixou assim de 47 mil novos casos para 29 mil, o que mostra bem o abrandamento dos contágios, que atingiram níveis sem precedentes. Portugal passou esta semana a barreira dos 3 milhões de casos de covid-19 confirmados desde o início da pandemia. Foram diagnosticados desde o início de 2022 mais 1,6 milhões de novos casos de infeção no país, com metade dos diagnósticos da pandemia em Portugal a acontecerem assim no espaço de um mês e 10 dias. 

Com menor impacto nos hospitais, onde há 159 doentes em cuidados intensivos (quando há um ano chegaram a ser 904), os relatos de doença ligeira a moderada são muito diversos, com os médicos de saúde pública a notarem também um aumento dos casos de reinfeção, por vezes de pessoas que tinham tido covid-19 recentemente. A Direção Geral da Saúde revelou ao SOL que está a preparar uma análise sobre esta matéria, com a Omicron a ser desde o início ligada a esta possibilidade, por escapar mais facilmente aos anticorpos. Não é assim de estranhar que haja pessoas a testar positivo pela segunda e terceira vez. Há quem tenha ficado de cama mesmo já tendo o reforço e quem não tenha sintomas. O primeiro-ministro, depois de ter estado infetado, pediu esta semana que não se desvalorize, um apelo subscrito pelos médicos. Apesar de poucos sintomas, Costa falou de um cansaço extremo, algo reportado por outros infetados.

Próxima semana de avaliação

Com o levantamento de restrições a ser equacionado em vários países e apelos para que a Europa tome a liderança na transição de pandemia para um cenário em que se convive com a covid-19 como mais uma doença, que será expectavelmente sazonal com picos maiores de contágios no outono/inverno e necessidade de revacinar os mais idosos e vulneráveis, como gerir esta nova etapa em Portugal é a discussão do momento. Os peritos ouvidos regularmente pelo Governo defendem um alívio progressivo de restrições rumo à primavera, quando é expectável que a situação epidemiológica abrande, para mais já com uma parte significativa da população a ter alguma imunidade conferida por infeções recentes, além da vacina. Máscaras podem cair no exterior, bem como certificados para entrar em estabelecimentos, mas continuará a ser preciso atenção no contacto com pessoas mais vulneráveis, investir na ventilação de espaços fechados e manter a vigilância de novas variantes. Segundo o SOL apurou, a reunião do Infarmed para o debate público da situação deverá acontecer na próxima semana.