Alegados maus-tratos a cavalos em Valongo estão sob investigação

“Vimos muitos animais em mau estado, que se apresentavam subnutridos, mas o dono da exploração alegou já terem sido recolhidos assim. Cabe agora à DGAV fazer a verificação das informações recolhidas”, disse o veterinário da autarquia de Valongo.

A Câmara de Valongo, a Brigada de Proteção Ambiental da PSP e a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) estão a investigar alegados maus-tratos numa exploração de cavalos na zona de Ermesinde. As autoridades foram alertadas por uma denúncia anónima, tendo na segunda e terça-feira aparecido na exploração, situada na freguesia de Sampaio, para avaliar o atual estado dos animais, revelou Fernando Rodrigues, veterinário da autarquia, em declarações à agência Lusa.

"Fui juntamente com a DGAV verificar se havia maus-tratos a animais e se havia cadáveres de animais na exploração, como dava a entender a denúncia feita. Percorremos todo o perímetro da exploração, e fora dela, e não encontrámos animais mortos", disse o veterinário, que afasta o cenário de "maus-tratos a animais".

"Vimos muitos animais em mau estado, que se apresentavam subnutridos, mas o dono da exploração alegou já terem sido recolhidos assim. Cabe agora à DGAV fazer a verificação das informações recolhidas", acrescentou o veterinário.

Fernando Rodrigues quis clarificar que também há "animais em bom estado", situação que não abona em favor dos alegados "maus-tratos a animais" com que avança a denúncia. E hoje foi feita "a verificação, um a um, dos 83 cavalos que estão na exploração", além de lhes ter sido "garantido alimento", 

Segundo o médico veterinário, a DGAV, que "ficou com o dispositivo do chip dos cavalos, vai averiguar se a exploração está licenciada – e caso não esteja será levantado um auto -, a proveniência dos animais e se foram entregues naquele estado de debilidade, pois se o chip estiver ativo estará indicado o dia e a hora em que o cavalo foi entregue ao novo proprietário".