Artigos de Van Gogh foram removidos de uma galeria por serem considerados “insensíveis”

Dos produtos alvo de críticas, vendidos numa galeria de arte em Londres, faziam parte um “kit de primeiros socorros emocionais” e uma borracha em forma de orelha.

A galeria de arte Courtauld, situada na Somerset House, em Londres, acabou por remover alguns objetos relacionados com a exposição 'Van Gogh. Auto-retratos' da sua loja de souvenirs, após estes terem sido duramente criticados por “menosprezarem a saúde mental”.

Num comunicado enviado à CNN, a galeria reconheceu as "preocupações levantadas sobre um pequeno número de itens disponíveis na loja e no site online da The Courtauld Gallery": "O Courtauld leva a saúde mental extremamente a sério. Nunca foi a intenção do Courtauld demonstrar uma atitude insensível quanto a esse importante assunto ao vender estes itens", lê-se no comunicado. 

"Os itens em questão são uma pequena fração dos disponibilizados como parte da coleção da exposição. Diante destas preocupações, os itens não serão mais vendidos nas nossas lojas", anunciou o documento. 

A onda de contestação surgiu devido a alguns produtos considerados “ofensivos”. Num comentário realizado nas redes sociais, um internauta escreveu: "Auto-retratos de Van Gogh de cair o queixo no Courtauld. Quanto ao conteúdo da loja de presentes, não tenho certeza se era isto que ele queria".

O objeto de que mais se fala é uma borracha em forma de orelha, aludindo ao facto do pintor ter cortado a orelha esquerda por motivos de saúde mental.

Além disso, segundo o Daily Mail, outro dos objetos era uma pequena barra de sabão, com o valor de oito euros, vendida como ideal para "o artista torturado que gosta de bolhas fofas". Uma outra que ainda se encontra à venda é um "kit de primeiros socorros emocionais" de 19 euros para "20 principais situações psicológicas".

Apesar de não terem sido confirmados os itens que foram retirados, a borracha já não se encontra disponível na loja online. 

Recorde-se que Vicent Van Gogh esteve um ano no hospital psiquiátrico Saint-Paul de Mausole, em Saint-Remy, na França e em 1890, aos 37 anos, suicidou-se, dando um tiro em si mesmo.