Refinaria de Matosinhos dará lugar a cidade ligada às “energias do futuro”

Cidade na refinaria de Matosinhos poderá gerar até 25 mil empregos, num prazo de 10 anos. 

A antiga refinaria de Matosinhos vai dar lugar a uma cidade da inovação ligada às “energias do futuro”. O anúncio foi feito pela Galp, Câmara de Matosinhos e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N). A ideia passa por apostar num projeto de “Innovation District’ [cidade da inovação] e a cedência de parcelas de terreno para a construção de um polo universitário são dois projetos em avaliação ao abrigo deste protocolo”. E num prazo de 10 anos deverá criar direta ou indiretamente entre 20 e 25 mil postos de trabalho.

O objetivo é “promover a valorização económica, social e ambiental de toda a região Norte do país, posicionando esta iniciativa no topo dos projetos mundiais de tecnologia associada a energias sustentáveis”. E, para isso, vai ser constituída uma equipa técnica conjunta. Esta “irá delinear, em articulação com as demais entidades competentes, todos os procedimentos necessários para cumprimento dos enquadramentos jurídicos e económicos associados ao projeto”.

A Galp irá ainda “criar uma equipa liderada por Ana Lehmann”, antiga secretária de Estado da Indústria, para “o desenvolvimento do projeto de requalificação urbanística de toda a área até aqui ocupada pela sua unidade industrial”, que contará também com Celeste Varum (presidente executiva) e José Sequeira (planeamento urbano).

A cidade da inovação pretende potenciar “um ecossistema urbano, social e ambientalmente sustentável, incluindo comércio e serviços, hotelaria, restauração, indústria 5.0, habitação, equipamentos culturais e de lazer, com destaque para um ‘Green Park’ [parque verde]”.

A decisão de encerrar a refinaria foi feita pela petrolífera, a 21 de dezembro de 2020, concentrando as suas atividades no complexo de Sines.