Encontro dos Presidentes Xi Jinping e Putin estreita relações entre China e Rússia

Neste encontro, as duas partes discutiram as relações entre os dois países, mas também uma série de questões importantes da situação mundial.

Conteúdo Patrocinado. Artigo publicado em parceria com a Associação Portuguesa de Imprensa 

“Acredito que este nosso encontro de Ano Novo irá contribuir para estreitar ainda mais as relações sino-russas” – afirmou o Presidente chinês, Xi Jinping, ao receber em Pequim o Presidente russo, Vladimir Putin, antes da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno 2022 (no dia 4 de Fevereiro).

Neste encontro, as duas partes discutiram as relações entre os dois países, mas também uma série de questões importantes da situação mundial.

Como resultado político mais importante da reunião, foi emitida uma “Declaração Conjunta Sino-Russa sobre Relações Internacionais e Desenvolvimento Global Sustentável na Nova Era”.

"A China e a Rússia estão empenhadas em aprofundar, lado a lado, a cooperação estratégica, para salvaguardar a justiça internacional” – afirmou o Presidente Xi, acrescentando: “Esta é uma opção com implicações de longo alcance para ambos os países e para o mundo. Uma cooperação que não vacilou no passado, não vacila no presente e não vacilará no futuro".

Putin concordou com as afirmações do Presidente chinês, sublinhando que a Rússia considera a China como o seu parceiro estratégico mais importante e amigo com os mesmos interesses. Ambos os Presidentes manifestaram o firme apoio mútuo na salvaguarda dos seus interesses fundamentais, e reiteraram que estará condenada ao fracasso qualquer tentativa de prejudicar os interesses da China e da Rússia e dividir as relações sino-russas.

Recorde-se que em 2014, foi o Presidente Xi Jinping que se deslocou à Rússia, para assistir à cerimónia dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi. Nessa altura, os dois líderes prometeram que se reencontrariam em Pequim em 2022, na abertura das Olimpíadas. A promessa foi agora cumprida e esta reciprocidade demonstra a amizade que une os dois Presidentes, mas também simboliza a parceria estratégica entre os dois países.

A declaração conjunta centrou-se nas posições comuns sobre os conceitos de democracia, desenvolvimento, segurança e ordem. Refere que "a democracia é um valor comum a toda a Humanidade e não exclusiva de alguns países", e sublinha que "o desenvolvimento é a chave do bem-estar dos povos". Manifesta "a oposição à interferência de forças externas nos assuntos internos dos dois países", e apela à "prática de um verdadeiro multilateralismo".

Graças às relações bilaterais, os dois países têm vindo a conquistar êxitos em diversas frentes.

Numa recente entrevista ao diretor da CCTV (Televisão Central chinesa), Putin referiu-se ao facto de a China ocupar o primeiro lugar entre os parceiros comerciais da Rússia e que, apesar das restrições impostas pela epidemia, os números preliminares mostram que o comércio bilateral atingiu um recorde de 140 mil milhões de dólares no ano passado.

“Cooperação prática" foi outra ideia-chave nas conversações entre os dois chefes de Estado, que debateram hipóteses de parcerias em áreas como comércio, energia, ciência e tecnologia, finanças, entre outras. Anunciaram também o lançamento oficial do Ano Russo-Chinês das Bolsas de Desporto.

Em suma, "cooperação estratégica" foi a nota dominante nesta "reunião de Ano Novo" dos dois Chefes de Estado, que estreitou as relações entre os dois países, contribuindo também para a manutenção da segurança e da estabilidade internacionais.