PSD. Rui Rio diz que eleições internas não se podem fazer “ao pontapé”

Para o líder do partido faz sentido realizar eleições até ao fim da sessão legislativa, ou seja, em julho.

PSD. Rui Rio diz que eleições internas não se podem fazer “ao pontapé”

O líder do PSD voltou ontem a garantir que tem vontade de abandonar a liderança do partido, mas avisou que as eleições internas dos sociais-democratas não se podem fazer “ao pontapé” nem “de qualquer maneira”. De acordo com Rui Rio não há dúvidas: “É uma questão de isto se fazer com calma, com maturidade, com sentido de responsabilidade, ou fazer como alguns, internamente, parece que querem, que é ao pontapé e de qualquer maneira. Pode-se fazer ao pontapé e de qualquer maneira, mas o PSD tem um futuro, não morre já aqui e devia preparar esse futuro”.

Ainda este sábado, o ainda deputado, Cristóvão Norte disse ao Nascer do SOL que “o impasse é indesejável para o PSD”.  E acrescentou: “Se Rui Rio quer sair como afirmou e se deseja convocar as eleições já o poderia ter feito e não o fez. Com a sua postura alimenta equívocos em relação à matéria que são completamente desnecessários e condicionam estes tempos mais próximos o PSD. Não tenho nada a opor em relação ao calendário que apresentou, acho que a transição pode estar concluída em junho. Isto não é minimamente prejudicial, mas também acho que esse tempo devia ser aproveitado de forma inteligente e útil”.

Também esta sexta-feira, a assembleia distrital de Setúbal do PSD pediu a demissão imediata de Rui Rio, para que se inicie o processo de marcação de eleições diretas pelo Conselho Nacional. “A moção aprovada reflete o sentimento dos militantes de que chegou o momento de virar a página e de se iniciar o processo de escolha de um novo líder”, Paulo Ribeiro.

Um argumento que não convence o líder do partido “Não se consegue fazer eleições diretas e congresso, alguns pensam que se pode fazer em 15 dias, mas é impossível. Demora muito tempo”, afirmando que o que faz sentido é realizar as eleições até ao fim da sessão legislativa, que politicamente termina em julho.