Erdogan vai pedir a Putin para se reunir com Zelensky na Turquia

A informação foi avançada pelo porta-voz da presidência turca, que ainda disse que vai apelar ao fim da guerra ao Presidente russo. 

Erdogan vai pedir a Putin para se reunir com Zelensky na Turquia

O Presidente da Turquia vai pedir, numa chamada telefónica a fazer no domingo, ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, que "ponha fim imediato à guerra" e vai oferecer-se para acolher negociações entre Rússia e Ucrânia, revelou, este sábado, o porta-voz Ibrahim Kalin. 

"O Presidente [Recep Tayyip Erdogan] vai transmitir a mensagem que temos repetido desde o início: é preciso acabar com esta guerra imediatamente, dar uma hipótese ao cessar-fogo e a negociações, estabelecer um corredor humanitário e realizar as evacuações", disse Ibrahim Kalin numa entrevista ao canal privado turco NTV.

Erdogan também vai apelar a que se iniciem conversações "ao nível dos dirigentes" entre a Rússia e a Ucrânia, indicando que estas poderão "acontecer na Turquia", avançou o porta-voz da presidência. 

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlüt Cavusoglu, expressou ontem a esperança de poder reunir os seus homólogos russos e ucranianos no Fórum da Diplomacia, que irá decorrer entre 11 e 13 de março em Antália, no sul da Turquia.

Segundo a imprensa turca, o convite de Cavusoglu foi bem recebido pelo embaixador russo na ONU, Gennady Gatilov, que admitiu que uma possível reunião dos dois ministros, em Antália, seria uma "boa ideia".

Para o porta-voz turco, estas reuniões poderão ter "um impacto positivo". "Em particular, uma reunião ao nível dos dirigentes poderá evitar que a guerra provoque ainda maior destruição", apontou Kalin, acrescentando que a Turquia está pronta para receber um encontro deste nível.

Membro da NATO e aliado da Ucrânia, a Turquia também tem laços estreitos com a Rússia.

De acordo com Kalin, a Rússia está a estabelecer condições "irrealistas" para acabar com o conflito, mas "existem negociações e diplomacia para isso. (…) Temos boas relações tanto com a Ucrânia como com a Rússia e não podemos renunciar a nenhum dos países", concluiu.

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