Ministra da Saúde afirma que alívio das restrições em abril deverá avançar

Apesar de não poder antecipar o que vai acontecer, Marta Temido realçou que o país continua a ter uma diminuição do número de internamentos em enfermaria e em cuidados intensivos, embora o país esteja a registar um crescimento de casos nos últimos dias.

A ministra da Saúde, Marta Temido, disse esta terça-feira que o alívio das restrições de controlo da pandemia de covid-19 em Portugal, previsto para abril, deverá avançar, a não ser que haja uma circunstância imprevista.

"Creio que estamos em condições de cumprir aquilo que estava programado, a não ser que haja uma circunstância imprevista", afirmou Marta Temido aos jornalistas, no final da inauguração da Unidade da Mulher e da Criança do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/ Espinho (CHVNG/E), no distrito do Porto.

Apesar de não poder antecipar o que vai acontecer, a ministra realçou que o país continua a ter uma diminuição do número de internamentos em enfermaria e em cuidados intensivos, embora o país esteja a registar um crescimento de casos nos últimos dias.

"O crescimento do número de casos está controlado do ponto de vista daquilo que é o impacto nos serviços de saúde", vincou.

Marta Temido salientou que, neste momento, Portugal tem 41 óbitos por milhão de habitantes, segundo o relatório das linhas vermelhas divulgado na sexta-feira. Contudo, este número deve diminuir ainda mais para que o alívio das restrições avance. 

A 24 de fevereiro, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou que o fim do uso de máscara nos espaços interiores está a ser equacionado, mas isso só acontecerá quando diminuir a mortalidade por covid-19 em Portugal e a atividade epidémica estiver mais baixa.

"Temos um marco importante a cruzar que é diminuir a mortalidade para os níveis que o ECDC [Centro Europeu de Controlo de Prevenção de Doença] preconiza", 20 mortos por milhão de habitantes, disse Graça Freiras aos jornalistas, à margem das 13.ª Jornadas de Atualização das Doença Infecciosas do Hospital Curry Cabral, em Lisboa.

Nas jornadas, um especialista em Saúde Pública da Direção-Geral da Saúde (DGS) apontou o dia 03 de abril como uma data possível de uma nova fase da pandemia. Questionada sobre esta meta, Graça Freitas disse que é apenas uma projeção.