Zelensky. “A União Europeia deve fazer mais por nós”

Depois de o Presidente da Ucrânia pedir uma adesão à UE “sem demora”, o primeiro-ministro holandês, Mark Rute, afirmou que não existia um “procedimento rápido”.

Zelensky. “A União Europeia deve fazer mais por nós”

Volodymyr Zelensky, Presidente da Ucrânia, disse esta sexta-feira que a União Europeia (UE) tem "de se esforçar mais" pela Ucrânia, depois de os líderes dos 27 países terem descartado uma adesão rápida da Ucrânia à comunidade.

"Têm de se esforçar mais. Não é o que esperamos. As decisões dos políticos devem coincidir com os sentimentos dos seus povos, os povos europeus (…). A União Europeia deve fazer mais por nós, pela Ucrânia", referiu o presidente ucraniano num vídeo publicado na rede social Telegram.

Recorde-se que esta quinta-feira, os chefes de Estado e de Governo da UE estiveram reunidos em Versalhes, França, e admitiram não considerar possível a rápida adesão da Ucrânia à comunidade, mesmo tendo admitido a intensificação de relações.

Depois de Zelensky pedir uma adesão à UE "sem demora", o primeiro-ministro holandês, Mark Rute, afirmou que não existia um "procedimento rápido".

Na mesma mensagem, o líder da Ucrânia acusou a Rússia de estar a contratar "assassinos sírios" para "destruir" o país, após Moscovo ter admitido que era favorável ao envio de mercenários da Síria para lutar ao lado das forças russas no país.

"É uma guerra com um inimigo muito teimoso (…) que decidiu contratar mercenários contra os nossos cidadãos. Assassinos da Síria, de um país onde tudo foi destruído pelos ocupantes, que agora são atirados contra nós", assinalou Zelensky.

Foi Serguei Shoigu, o ministro da Defesa russo, que hoje propôs o envio de sírios para a frente ucraniana, tendo Vladimir Putin aprovado esta proposta numa reunião do Conselho de Segurança: "Se percebemos que as pessoas querem ir para lá voluntariamente (…) e ajudar aqueles que vivem no Donbass, então devemos tentar conhecê-los e ajudá-los a chegar à zona de combate", disse o presidente russo, que acusou o Ocidente de reunir mercenários e os enviar para a Rússia.